Caminhoneiros antivacina da cidade de Ottawa, no Canadá, arrecadaram US$ 700 mil em quase 16 Bitcoins em uma campanha intitulada “Freedom Convoy”, após as autoridades do país terem bloqueado US$ 10 milhões como forma de frear o grupo que faz arrecadações por meio da plataforma GoFundMe. Em protesto ao que chamam de censura, os organizadores decidiram aceitar doações em criptomoedas, atraindo até mesmo o apoio do bilionário Elon Musk.
Em sua conta no Twitter, o dono da Tesla e da Space X escreveu no final de janeiro que “caminhoneiros canadenses são o máximo”, demonstrando que as doações em criptomoedas não podem ser censuradas.
Jesse Powell, CEO da Exchange Kraken, enviou 1 BTC (R$ 227 mil) para a causa. Em seu Twitter, ele disse que “obrigatoriedades são imorais” e que “acabe essa loucura”.
Governo quer desarticular movimento antivacina
O movimento antivacina conduzido pelos caminhoneiros tem vivenciado vários embates com o governo. Após arrecadar US$ 10 milhões, a plataforma GoFundMe anunciou que o grupo violou os termos de uso. Agora, o dinheiro será devolvido aos seus respectivos donos.
O grupo faz constantes protestos na fronteira com os Estados Unidos e, frequentemente, esquenta o noticiário internacional. Desde as primeiras mobilizações, os caminhoneiros levantaram a bandeira contra a obrigatoriedade da vacina, se opondo às restrições de saúde como forma de combate ao coronavírus.
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Bitcoin evita restrições
Como o Bitcoin é uma rede de pagamento ponto a ponto, a ideia da arrecadação surgiu justamente para evitar interferências por parte do governo canadense.
Dessa maneira, o dinheiro pode ser enviado para ajudar na causa dos caminhoneiros, com vários tuítes em apoio. “Fiquei orgulhoso de ser canadense novamente”, escreveu em sua conta um dos doadores.
Em nota, os caminhoneiros informaram que o dinheiro irá para um fundo para fornecer diesel e alimentação aos integrantes do movimento.
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