O Twitter anunciou a suspensão de 3 mil contas falsas e bots que publicavam propaganda chinesa sobre as Olímpiadas de Inverno. De acordo com a rede social, as publicações deixavam de lado controvérsias envolvendo abusos de direitos humanos na China.
A rede social tomou a decisão após uma investigação feita pelo jornal The New York Times e pela organização ProPublica, que apontava que o governo chinês contratou essas postagens para garantir uma boa aparência das competições de Beijing 2022.
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Uma porta-voz do Twitter afirmou que as contas suspensas violavam a “política de manipulação de plataforma e spam”, que proíbe “atividades coordenadas que tentam influenciar artificialmente as conversas por meio do uso de várias contas, contas falsas e automação”.
“Se tivermos evidências claras de operações de informações apoiadas pelo Estado, nossa primeira prioridade é aplicar nossas regras e remover contas envolvidas nesse comportamento”, disse a porta-voz. “Quando nossas investigações estiverem concluídas, divulgamos todas as contas e conteúdo em nosso arquivo de operações de informações.”
A rede social ainda explicou que o engajamento é uma forma de indicar contas falsas e mobilização de rede inautêntica.
Algumas publicações das contas suspeitas possuíam em evidência a #BoycottBeijing2022, utilizada por manifestantes de todo o mundo a fim de protestar contra as violações de direitos humanos da China, como o caso de detenção e genocídio de muçulmanos uigures.
No ano passado a China chegou a sofrer sanções da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá por manter o grupo minoritário em campos de detenção onde surgiram alegações de trabalho forçado, tortura e abuso sexual.
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