Em mais um dos movimentos do mercado game, a Improbable, desenvolvedora de softwares para videogames, anunciou nesta terça-feira (22) que vendeu sua participação majoritária da Inflexion Games, subsidiária da empresa com sede em Edmonton, para a Tencent, conforme informou o GamesIndustry. Os termos do acordo não foram divulgados, no entanto, o CEO da Inflexion, Aaryn Flynn, disse ao site que a mudança estava prevista desde o ano passado e que a Improvable “viu um futuro para si em uma direção diferente”.
O diretor explicou ainda que, embora a Inflexion não estivesse em posição de ditar as regras, tudo foi feito levando em consideração os desejos da Inflexion, sendo um deles a independência operacional.
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“Na minha experiência, bons desenvolvedores de jogos estão sempre dispostos a conversar e aceitar feedback, mas há limites e expectativas sobre isso que devem ser respeitados. E ouvimos isso da Tencent”, disse Flynn, destacando o histórico de sucesso da Tencent.
“Reconhecemos neles não apenas a maior empresa de desenvolvimento de jogos do mundo, mas uma empresa que tinha vasta experiência na criação de serviços ao vivo atraentes e comunidades de jogadores envolventes, e entendendo exatamente a cultura necessária para construir isso. E como essa era uma grande parte do nosso plano de negócios com Nightingale, ficamos empolgados com essa experiência complementar”, acrescentou.
Nightingale é o título de estreia da Inflexion com lançamento previsto para este ano. O jogo também precisou passar por mudanças já que, no final do mês passado, o CEO da Improvable, Herman Narula, também anunciou a retirada do SpatialOS do desenvolvimento de jogos primários – sistema operacional envolvido no projeto. Para Flynn, a ação trará “uma experiência mais íntima para um jogador ou para um pequeno grupo”, que não precisa da computação em nuvem que a Improvable ou Google Stadia estavam empurrando, por exemplo.
“O desafio em nossa indústria é que, conforme você analisa os jogos que estão sendo construídos, ainda há muito potencial para inovação com o que temos. Raramente vemos uma nova tecnologia que muda tudo e faz você dizer: ‘Não posso voltar agora’. Algumas pessoas chamam isso de ‘o momento da TV em cores’. Ainda há muitos frutos fáceis, por falta de um termo melhor, em decisões de design simples, inteligentes e significativos”, explicou o diretor dando como exemplo os jogos battle royale.
“Há muito potencial para a tecnologia [de computação em nuvem], mas até que seja casado com um design fantástico e algo que as pessoas digam: ‘Bem, eu não poderia mais imaginar jogar um jogo sem esse design suportado pela tecnologia’, provavelmente não vai para realizar todo o seu potencial”, afirmou.
Experiente, Aaryn Flynn lembrou ainda da bagagem que traz da BioWare, da EA, indicando que toda a trajetória fez com que se atentasse aos detalhes e a necessidade de independência. Embora com poucas garantias para o futuro, o CEO afirmou estar ansioso para a nova fase.
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