Um acidente durante o acompanhamento de um paciente epilético mostrou que o ser humano pode realmente ser capaz de ver a vida diante dos olhos no momento da morte, assim como mostram os filmes e novelas.
O neurocirurgião Ajmal Zemmar estava acompanhando as ondas cerebrais de um paciente de 87 anos que havia desenvolvido epilepsia. Durante o processo, o paciente teve um ataque cardíaco fatal, oferecendo uma experiência única.
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As gravações das ondas cerebrais do paciente mostraram que nos 30 segundos antes do ataque cardíaco e nos 30 segundo após a morte declarada, o cérebro do paciente emitiu ondas nos mesmos padrões de quando sonhamos ou recordamos memórias.
No estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience, o responsável pela pesquisa afirma que é como se o cérebro fornecesse uma lembrança final da vida. Em entrevista à BBC, Zemmar relatou que o experimento foi completamente acidental.
Não é possível afirmar sobre o que o cérebro se lembra, mas Zemmar explica que partindo de um ponto de vista filosófico especularia que “se o cérebro fizesse um flashback, provavelmente gostaria de lembrá-lo de coisas boas, em vez de coisas ruins”.
“Esta poderia ser uma última lembrança de memórias que experimentamos na vida, e elas se repetem em nosso cérebro nos últimos segundos antes de morrermos.”
Zemmar afirma que os dados são de 2016, mas nunca se sentiu a vontade para publicar o caso, pois não encontrou estudos parecidos, além do fato de o paciente ser epilético e ter o cérebro inchado e sangrando também dificultam as conclusões.
Os pesquisadores disseram que o único achado parecido relata o caso de ratos saudáveis que apresentaram dados iguais no momento da morte, altos níveis de ondas cerebrais 30 segundos antes e após.
“Acho que há algo místico e espiritual em toda essa experiência de quase morte”, disse Zemmar ao explicar que cientistas vivem para encontrar descobertas como esta.
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