Fabricantes de chips podem receber incentivo de US$ 52 bilhões nos EUA

O Senado americano aprovou um novo projeto de lei que visa injetar US$ 52 bilhões para a fabricação de chips nos EUA
Por Gabriel Sérvio, editado por Karoline Albuquerque 29/03/2022 14h50, atualizada em 29/03/2022 16h31
Chip de processamento (CPU) posicionado acima dos Estados Unidos em um globo mundial.
Imagem: Ivan Marc/Shutterstock
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Após meses de discussão, o Senado dos Estados Unidos entrou em acordo. O Congresso norte-americano aprovou nesta segunda-feira (28) um novo projeto de lei que visa fornecer uma injeção de US$ 52 bilhões para a fabricação de chips no país, quase R$ 250 bilhões na cotação atual.

O incentivo tem por objetivo aliviar no longo prazo a escassez de semicondutores no mercado. A falta de chips segue afetando diversos setores da indústria, causando diminuição do ritmo de produção e até a interrupção das atividades de algumas empresas. 

As autoridades apontam que iniciativas como essa também buscam diminuir a dependência dos americanos de componentes eletrônicos fabricados em outros países.

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Porta-voz da Casa Branca diz que EUA pode superar a China no setor de fabricação de chips. Imagem: Ink Drop/Shutterstock

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o resultado positivo foi um passo importante. Jen aponta que os EUA podem “superar a China e o resto do mundo nas próximas décadas” em manufatura de chips com os investimentos bilionários no setor.

A votação no Senado levou os Estados Unidos “um passo mais perto de revitalizar a fabricação americana de semicondutores”, disse Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA.

A secretária também destaca que, há duas décadas, os Estados Unidos produziam quase 40% dos chips no planeta, enquanto hoje respondem por apenas 12% da produção global.

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O texto deve voltar ao Senado nos próximos dias para outra fase de votação. Um acordo final sobre o projeto, segundo as autoridades, ainda deve demorar mais alguns meses.

Vale lembrar que o Senado também autorizou em fevereiro outro pacote ainda mais generoso de US$ 190 bilhões. Sua meta é bastante similar: fortalecer o ramo de tecnologia e pesquisa americano, acirrando a competição no mercado com outros gigantes asiáticos. 

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital