O presidente Jair Bolsonaro criticou o acordo entre o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o lançamento da função “comunidades”, que reúne milhares de usuários em um sistema de grupos conectados, ocorra apenas após o segundo turno das eleições presidenciais marcadas para o segundo semestre deste ano. 

As comunidades, por enquanto, seguem apenas em testes em alguns lugares do mundo. Segundo Mark Zuckerberg, CEO da Meta, dona do WhatsApp, as comunidades vão “facilitar a organização de todos os seus bate-papos em grupo e encontrar informações. Você poderá reunir grupos diferentes em uma comunidade — por exemplo, além de grupos individuais para turmas diferentes, você poderia ter uma comunidade geral para pais em uma escola com um canal central para anúncios e ter mais controle”.

Bolsonaro sobre acordo entre WhatsApp e TSE

“E já adianto. Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, disse Bolsonaro durante um passeio de moto com apoiadores em São Paulo.

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A função é mais um formato de organização de grupos do que de grupos abertos, como no caso do Telegram, que ficou marcado pela propagação de fake news nesses ambientes. No entanto, como cada grupo pode ter até 256 pessoas e cada comunidade pode contar com 10 grupos, passar informações para um número maior de pessoas se torna mais fácil com o novo sistema, por isso, a empresa pensa em lançar o recurso no Brasil apenas depois das eleições. Por enquanto, também não há uma data certa em outras partes do mundo.

Em 2018, o WhatsApp foi considerado o principal meio de disseminação de fake news sobre a votação. Atualmente, o Telegram também é visto como potencialmente perigoso pelo TSE devido aos grupos abertos e o pouco controle da plataforma. 

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