Modelo de inteligência artifical premiado em Singapura reconhece deepfakes com 98,5% de precisão

Cientista criou modelo de inteligência artificial capaz de detectar deepfakes com precisão de 98,53% e foi premiado em desafio
Ronnie Mancuzo30/04/2022 15h19
Imagem ilustrativa simboliza o conceito de
Imagem: shuttersv/Shutterstock
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Na última sexta-feira (29), o pesquisador e cientista Wang Weimin, de Singapura, recebeu um prêmio pelo primeiro lugar conquistado em um desafio de reconhecimento de deepfakes, ao desenvolver um modelo de inteligência artificial (IA) poderoso. A precisão do desenvolvimento de Weimin, que venceu outras 469 equipes de todo o mundo no evento com duração de cinco meses, foi de 98,53%.

Os desafios do Trusted Media Challenge, organizado pelo AI Singapore (um escritório do programa de IA da National Research Foundation), consistiam em detectar deepfakes, ou videoclipes alterados digitalmente. Dentre eles, conteúdos que apresentavam rostos, vozes ou ambos manipulados.

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Com seu modelo, o pesquisador recebeu em dinheiro US$ 100 mil (por volta de R$ 497 mil hoje, 30). Weimin trabalha na ByteDance, gigante de tecnologia da China e proprietária do TikTok, e também recebeu uma doação inicial de US$ 300 mil (quase R$ 1,5 milhão) para comercializar sua criação.

Porém, o cientista disse que espera incorporar seu modelo de inteligência artificial à plataforma BytePlus da empresa chinesa e oferecer detecção de deepfakes como um serviço para seus clientes. “Bom ou ruim, o deepfake é uma tecnologia emergente que você simplesmente não pode ignorar”, disse Weimin.

Deepfakes usadas na desinformação

O pesquisador disse que os desafios predominantes enfrentados pelas mídias estão alinhados com seus interesses de pesquisa, e ele tem um forte interesse em resolver problemas do mundo real criando produtos de IA. As deepfakes, mesmo que usadas para criar conteúdos de entretenimento e memes nas redes, também são usadas em campanhas de desinformação.

Apoiado por grandes meios de comunicação de Singapura, o desafio ocorreu de 15 de julho a 15 de dezembro do ano passado. As empresas contribuíram com vídeos genuínos de reportagens e entrevistas para o conjunto de dados de treinamento. Para termos ideia do quanto a competição foi acirrada, as equipes que ficaram em segundo e terceiro lugares desenvolveram modelos de inteligência artificial com mais de 98% de precisão.

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Via The Straits Times

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.