Em uma apresentação prévia para convidados e imprensa, a Meta, dona do Facebook, mostrou como será a sua primeira loja física, em Burlingame, Califórnia, nos EUA. O destaque é a inovação, com várias telas de Realidade Virtual espalhadas pelo ambiente, exibindo jogos em seus headsets e salas para teste de dispositivos de videochamada.
A inauguração oficial está prevista para acontecer na segunda-feira (9), dia que será bem movimentado no local, que também abriga o campus Meta’s Reality Labs, tudo no Vale do Silício, onde a tecnologia está presente por todos os lados.
Decoração minimalista
Explorando o conceito minimalista no design, com madeira clara, os ambientes lembram a estética pioneira das primeiras lojas da Apple.
Entre os produtos que serão comercializados, estão óculos inteligentes da marca Ray-Ban e a coleção da Oculus VR, empresa da Meta que produz o Oculus Rift. Trata-se do kit necessário para quem curte games em jogos em Realidade Virtual Aumentada, ou seja, a loja traz tudo com foco na atual obsessão de Mark Zuckerberg: o metaverso.
Há hardwares e os dispositivos de videochamada Portal, além dos fones de ouvido Oculus VR, tudo feito por empresas que foram adquiridas recentemente pela Meta ou desenvolvidos em seus próprios laboratórios.
Confiante de que o metaverso será um excelente mercado e a próxima grande plataforma de computação, o dono da maior empresa de mídia social do mundo está investindo pesado no segmento. Nesse sentido, a loja será uma espécie de vitrine para apresentação dos produtos, além de um espaço de interação e consumo dos clientes potenciais.
A loja terá ainda uma área de demonstração imersiva para testar jogos do Quest 2. O espaço contará com uma grande tela LED curva, cobrindo de parede a parede, onde o conteúdo do jogo será reproduzido para quem não estiver usando os óculos. E quem participar da experiência ainda leva para casa um videoclipe de realidade mista de 30 segundos.
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Desafios
Apesar de toda a empolgação, Zuckerberg reconhece que a construção do metaverso levará pelo menos dez anos e que os desafios serão inevitáveis. Entre eles, estão a queda no faturamento da Meta e perda de usuários de suas redes sociais para concorrentes, como o TikTok.
Dependendo muito dos anúncios digitais e com a perda de mercado, a Meta terá que encontrar novas formas de arrecadação para dar conta dos investimentos necessários para o metaverso.
Por isso, a empresa está explorando outras vertentes, como a tecnologia da Realidade Aumentada para conferência com avatares via Portal, sem a necessidade de fones de ouvido.
Segundo o gerente de produtos da Meta, Micah Collins, o negócio do metaverso ainda é incipiente, ou seja, a empresa precisa encontrar novas fontes de renda. E a loja chega exatamente para explorar esse mercado que é uma espécie de prévia ao modelo de metaverso que deverá ser construído pela companhia.
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