Os Estados Unidos estão vivendo dias tensos e a economia entrou em uma crise que já afeta setores variados, gerando demissões, queda nas Bolsas, redução no consumo e enfraquecimento das negociações imobiliárias. Somente na quarta-feira (18), as Bolsas de Valores norte-americanas perderam US$ 1,5 trilhão e os índices voltaram a cair nesta quinta-feira (19).
Política agressiva
Grande parte do entrave econômico foi gerado pela política monetária do Federal Reserve, o Banco Central americano. Para conter a inflação, uma postura mais agressiva foi adotada, provocando uma liquidação no mercado de ações e impulsionando os rendimentos do Tesouro e do dólar. A alta de 0,5 ponto percentual nos juros foi a maior dos últimos 22 anos no país, deixando a taxa em 1% ao ano. No Brasil, ela está em 12,75%.

As Bolsas de Valores também fecharam em baixa nesta quinta-feira (19) na Europa, Ásia e no Brasil, sendo um nítido retrato da crise financeira que já se espalha ao redor do mundo. Em Wall Street, a Apple e a fabricante de chips Broadcom caíram 2,5% e 4,3%, respectivamente.
“A realidade é que a inflação está subindo e as taxas de juros estão subindo”, disse Terry Sandven, estrategista-chefe de ações do US Bank Wealth Management em Minneapolis, Minnesota.
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Menos crescimento
Vários varejistas, como Walmart e Target, reduziram as previsões de lucros para o ano inteiro, alertando que a inflação está mudando o cenário.
“Isso levará a um crescimento mais lento do emprego nas indústrias de varejo e comércio eletrônico“, disse Bill Adams, economista-chefe do Comerica Bank em Dallas, Texas.
“A liquidação do mercado de ações pode diminuir o sentimento dos negócios e tornar algumas empresas mais cautelosas sobre as contratações, especialmente aquelas que têm fluxo de caixa negativo e dependem do dinheiro dos investidores para financiar operações como muitas startups”, informou Adams.
Os pedidos de seguro-desemprego atingiram níveis elevados, chegando a 200 mil somente na última semana, sendo o índice mais alto desde janeiro.
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