O longo período de quedas no valor das criptomoedas, em especial do Bitcoin, gerou uma turbulência não apenas no mercado. Um dos efeitos colaterais são demissões em massa, que já atingem diversas empresas do setor de ativos digitais.

Na última semana, a corretora Gemini, sediada em Nova York, foi uma das primeiras a confirmar um corte de 10% dos seus funcionários por conta da “turbulência nas condições do mercado”. A empresa é uma das que aponta que o cenário ruim — que ganhou o apelido de ‘Crypto Winter’ (Inverno cripto em tradução livre) —, deve persistir por mais tempo que o esperado.

Criptomoedas com o aplicativo da corretora binance aberto na tela de um smartphone
Queda no mercado de criptomoedas está gerando onda de demissões nas corretoras. Imagem: Chinnapong/Shutterstock

As gigantes do mercado cripto também não escaparam. A Coinbase, por exemplo, considerada a maior exchange de criptomoedas dos EUA, optou por congelar contratações para cortar custos em virtude das condições adversas.

O vice-presidente de recursos humanos da NFT Rarible, Masha Boone, também concorda que a volatilidade e, por consequência, as demissões devem continuar. “É importante reconhecer esse momento como uma oportunidade para refletir sobre o que é necessário no setor de criptomoedas e reconsiderar para onde a indústria quer ir a partir de agora”, afirmou o executivo.

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Vale destacar que a queda das criptomoedas acompanhou a má fase das ações de tecnologia na bolsa, que também foram afetadas pelo salto nas taxas de juros. Com investidores mais cautelosos, houve uma redução também na negociação de criptomoedas.

Como resultado, as corretoras foram obrigadas a adotar medidas para reduzir despesas. Segundo a CoinDesK, a brasileira Mercado Bitcoin já afastou cerca de 80 pessoas do seu quadro de funcionários.

Via: CoinDesk

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Sinal de incerteza na economia global

“Uma mudança de paradigma”. Assim o vice-presidente do Morgan Stanley, um dos principais bancos de investimento dos EUA, Ted Picks, analisou o futuro da economia global em uma conferência em Nova York. Na análise de Picks, a mudança deverá acontecer nos próximos dois anos, com mais aumentos nas taxas de juros, inflação subindo e riscos adicionais no mercado de ações.

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