Paleontólogos da Universidade de Ohio, em parceria com cientistas egípcios, descobriram um fóssil pertencente a uma nova espécie de dinossauro carnívoro – ou “terópode” – no oásis Bahariya, um sítio antigo de fósseis na região do Deserto do Saara.

A localização é uma das mais famosas do século XX para a paleontologia, sempre entregando fósseis dos mais variados em excelente estado – mas nunca um terópode. A área do oásis chegou a ser considerada perdida após ser amplamente bombardeada pelos conflitos da Segunda Guerra Mundial.

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Reconstrução de um carnotauro, um dinossauro carnívoro do tipo abelisaurídeo, o mesmo encontrado em um oásis no Deserto do Saara
Reconstrução de um carnotauro, um dinossauro carnívoro do tipo abelisaurídeo, o mesmo encontrado em um oásis no Deserto do Saara (Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução)

O estudo da nova espécie foi encabeçado pelo estudante de graduação de Ohio, Belal Salem. O fóssil em questão consiste de uma vértebra próxima do pescoço de um dinossauro “de corpo amplo” dos abelisaurídeos, um tipo de animal com o rosto parecido com um buldogue, com dentes e braços pequenos, estimado em tamanho de seis metros (m).

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Para facilitar a identificação, o Carnotauro de Jurassic World: Domínio (veja a crítica que o Olhar Digital fez do filme) é um abelisaurídeo: uma das características marcantes desse tipo de dinossauro é o par de chifres que ele traz no topo da cabeça. Durante o Período Cretáceo, eles eram os animais mais geograficamente diversificados, caminhando pelo Egito e seus arredores há mais ou menos 98 milhões de anos.

“Durante a metade do Cretáceo, o oásis de Bahariya provavelmente era um dos lugares mais assustadores do planeta”, disse Salem. “Como todos os grandes predadores conseguiram conviver nesta época ainda é um mistério, embora isso provavelmente seja um efeito de eles se alimentarem de presas diferentes, se adaptado a caçarem coisas diferentes”, ele continuou, ressaltando que o oásis também é lar da descoberta de outros carnívoros, como o espinossauro.

A vértebra é virtualmente igual a outros fósseis de animais mais conhecidos, como o já citado carnotauro, daí a facilidade em identificar a nova espécie como um abelisaurídeo.

Um estudo sobre o tema foi publicado pelo jornal científico Royal Society Open Science.

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