Depois de um ano e meio de sua partida, a missão chinesa Chang’e 5 finalmente divulgou resultados de sua pesquisa, afirmando que foi identificada a presença de água nas amostras coletadas de Oceanus Procellarum, uma das regiões mais jovens da Lua.

Segundo o estudo, os resultados mostram que, em média, foram identificadas 30 partes de hidroxil por milhão. “Hidroxil”, composto de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, é o principal “ingrediente” da água.

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A presença de água na Lua é objeto de inúmeras pesquisas conduzidas por vários países
A presença de água na Lua é objeto de inúmeras pesquisas conduzidas por vários países (Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock)

“Pela primeira vez na história, os resultados de análise de laboratório das amostras entregues e dados espectrais da superfície lunar in loco foram usadas em conjunto para examinar a presença, formato e quantidade de ‘água’ no solo lunar”, disse Li Chunlai, cientista planetário da Academia Chinesa de Ciências (NAOC) que assina a co-autoria da pesquisa.

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Outro detalhe interessante é que o time por trás do estudo identificou que a pouca água (a quantidade encontrada não é bem um “grande reservatório”) vem em sua maior parte de uma fonte natural da Lua – especificamente, um mineral chamado “apatita” – e bem menos dos ventos solares, a constante corrente de partículas dispersada pelo Sol e que atinge a praticamente todos os objetos do nosso sistema.

“Os resultados respondem à questão das características de distribuição e fonte de água na zona de aterrissagem da Chang’e 5 e oferecem uma verdade fundamental para a interpretação e estimativa de sinais de água em dados de pesquisa de análise remota”, disse Li.

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Futuramente, as próximas missões Chang’e também se concentrarão na busca e análise de fontes de água na Lua – sobretudo a missão Chang’e 7, prevista para lançamento em algum momento de 2024, que vai investigar o pólo sul do nosso satélite.

A pesquisa recente foi publicada e revisada pela Nature Communications.

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