China endurece medidas sobre coleta de dados por aplicativos de transporte

China anunciou medidas de reforço sobre as regras que empresas de aplicativos de transporte devem tratar os dados de seus clientes.
Por William Schendes, editado por Karoline Albuquerque 25/07/2022 15h56
shutterstock_2014605269
O Ministério dos Transportes da China anunciou medidas de reforço sobre as regras que empresas de aplicativos de transporte devem tratar os dados de seus clientes.
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Ministério dos Transportes da China anunciou medidas de reforço sobre as regras que empresas de aplicativos de transporte devem tratar os dados de seus clientes.  O anúncio veio após a Administração do Ciberespaço da China (CAC) multar a Didi Global, dona do aplicativo 99, em US$ 1,2 bilhão por coleta indevida de dados. 

A medida visa reforçar que os dados gerados por aplicativos de transporte não podem ser usados para fins comerciais. As informações devem ser mantidas em território Chinês e não podem ser transmitidas para entidades externas sem uma autorização. 

Leia mais:

“Realizar periodicamente investigações de segurança, corrigir imediatamente riscos de segurança e brechas descobertas, estabelecer e concluir um sistema de gerenciamento de segurança de dados de todo o processo e tomar as medidas necessárias para evitar que os dados sejam adulterados, destruídos, vazados ou adquiridos ou usados ​​ilegalmente”, descreve uma das medidas. 

Didi Global foi multada devido a tratamento inadequado de informações pessoais dos clientes. Imagem: rafapress/Shutterstock

Didi Global multada

A Didi Global, empresa dona do aplicativo 99, de corridas e entregas, foi multada em US$ 1,2 bilhão pelo regulador de segurança cibernética da China. O valor é equivalente a cerca de R$ 6,5 bilhões.

A multa foi aplicada após investigação que obrigou o serviço de transporte a sair da bolsa de Nova York um ano após a estreia, que aconteceu em 30 de junho do ano passado. A situação toda ainda deixou os investidores estrangeiros cautelosos sobre o setor de tecnologia da China, de acordo com a agência internacional de notícias Reuters.

Para aplicar a multa, o CAC, órgão chinês cita a violação de três leis de segurança cibernética, segurança de dados e proteção de informações pessoais. O regulador acrescenta, inclusive, que descobriu a coleta ilegal de informações de milhões de usuários desde 2015.

Imagem: Crédito editorial: mundissima/Shutterstock

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital