Parte dos animais que conhecemos hoje podem simplesmente desaparecer. Pelo menos é isso que indica uma pesquisa que analisou as consequências do antropoceno, época geológica caracterizada pelo impacto do homem na Terra. Nesse período, é onde estão as mudanças climáticas e a presença de poluentes como resultado da degradação do meio ambiente. Entre as sequelas devastadoras, pode estar uma extinção em massa

Segundo os pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, a humanidade pode estar diante da sexta extinção em massa. Para confirmar essas suspeitas, os cientistas fizeram predições, através de modelos computadorizados, sobre os riscos que espécies pouco conhecidas pela ciência correm de serem extintas.

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Extinção em massa

O algoritmo utilizado no estudo norueguês publicado na Communications Biology sobre essas possíveis extinções leva em conta vários fatores como distribuição geográfica, exposição aos efeitos das mudanças climáticas e contato com a expansão humana. O modelo previu que mais da metade dos mamíferos, insetos, invertebrados marinhos e répteis analisados na pesquisa correm alto risco de extinção. Dentre eles, o grupo com maior risco são os anfíbios, com cerca de 85% de chance de desaparecerem.

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“Saber e avaliar quais espécies existem, onde ocorrem e quão ameaçadas estão, é a base de todas as ações e pesquisas relacionadas à conservação que acontecem depois que esse conhecimento foi adquirido”, explicou Jan Borgelt, líder do projeto, em entrevista para a Vice.

A equipe norueguesa afirma que essas espécies em risco de extinção precisam ser incluídas nas tomadas de decisão, pois os poucos dados adquiridos sobre elas ao longo dos anos, desconsiderou suas particularidades na elaboração de recomendações de conservação, o que prejudicou as chances de esses animais sobreviverem e, consequentemente, essa situação pode afetar o equilíbrio dos ecossistemas nos quais esses bichos estão inseridos, gerando repercussões importantes para o meio ambiente.

“Nossos resultados sugerem que devemos tentar incluir espécies com deficiência de dados sempre que possível, para tomada de decisões, formulação de políticas e análises de biodiversidade”, completa Borgelt. A boa notícia, é que esse evento de extinção pode ser evitado caso as medidas corretas sejam tomadas. A má, é que não sabemos se isso vai acontecer.

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