Após ser aprovada por senadores dos Estados Unidos, a Lei dos Chips foi assinada pelo presidente Joe Biden nesta terça-feira (9). O projeto de lei tem como objetivo ajudar empresas americanas de semicondutores com uma verba de US$ 52,7 bilhões de dólares. A lei também garante crédito fiscal de investimento estimado em US$ 24 bilhões.

“O futuro será feito na América”, disse o presidente Joe Biden. Ele ainda chamou a medida de “um investimento único em uma geração na própria América”.

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A lei chega no momento em que os americanos têm se preocupado com a dominância chinesa na produção de semicondutores. Dessa forma, a legislação busca aumentar a competitividade das empresas americanas produtoras de chips e melhorar a escassez que afetou diversos setores que foram afetados pela falta de semicondutores.

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A Casa Branca disse que a aprovação do projeto deve estimular novos investimentos no setor e ressaltou que a Qualcomm concordou em comprar mais de US$ 4,2 bilhões em chips da fábrica GlobalFoundries de Nova York. Também foi informado o investimento da Micron de US$ 40 bilhões na fabricação dos chips, com isso a participação dos EUA no mercado global deve passar de 2% para 10%. 

A briga entre EUA e China nos segmento de semicondutores foi nomeada de “A Guerra dos Chips”. Imagem: Poravute Siriphiroon/ Shutterstock.

Empresas americanas se manifestaram contra o projeto de Lei

Funcionários de empresas concorrentes se opuseram ao novo projeto de lei, com a justificativa que a Intel se beneficiaria de forma desproporcional em relação à outras fabricantes de chips americanas. “Você tem a Intel que pode receber US$ 20 bilhões com a Lei Chips mais US$ 5 bilhões ou US$ 10 bilhões sob a Lei Fabs. Então, US$ 30 bilhões vão para seu concorrente direto e você não recebe um centavo? Isso causará problemas no mercado.”

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Em janeiro deste ano, a Intel divulgou que gastaria cerca de US$ 20 bilhões com a abertura de uma fábrica em Ohio. No ano passado, a empresa realizou a abertura de duas fábricas no Arizona. 

Repreensão à industria chinesa

Recentemente, foi divulgada uma possível medida de repreensão dos Estados Unidos às indústrias chinesas. A medida visa limitar a quantidade de equipamentos disponibilizados para marcas chinesas na fabricação de chips de memória. A decisão é uma tentativa de abalar o setor de semicondutores, já que a China tem se sobressaído no segmento.

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A medida prejudica, principalmente, a empresa chinesa de semicondutores Yangtze Memory Technologies e pode afetar também outras duas gigantes sul-coreanas produtoras de chips: Samsung e SK Hynix. Afinal, a Samsung tem duas grandes fábricas na China e a SK Hynix, que comprou a memória flash da Intel que opera no território chinês. 

Imagem: lev radin / Shutterstock.com

Via Reuters (2)

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