Facebook permitia anúncios nos grupos supremacistas brancos

O Facebook já proibi grupos de ódio e de supremacia branca no app, mas esses grupos ainda circulam na rede e estavam com anúncios nas páginas
Por Alanis Meira, editado por Lyncon Pradella 10/08/2022 16h45
A lista de interesse permite que o Facebook direcione anúncios mais compatíveis com o perfil do usuário
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O Facebook vinculou anúncios nas barras de busca de alguns usuários que estavam relacionados com grupos supremacistas brancos, por mais que esse tipo de conteúdo tenha sido proibido dentro da plataforma, de acordo com o relatório de Projeto de Transparência Tecnológica.

Esse relatório foi divulgado primeiramente pelo The Washington Post. Foram identificados 119 páginas e 20 grupos do Facebook associados com as organizações de supremacia branca dentro da plataforma.

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Os pesquisadores, que realizaram essa coleta de dados, pesquisaram dentro do Facebook 226 grupos de ódio e organizações perigosas, usando como fonte o Southern Poverty Law Center, a Liga Anti-Difamação e até mesmo o próprio Facebook. Com isso, descobriram que mais de um terço desses 226 tinham presença ativa no aplicativo.

Mesmo que a empresa dona da plataforma insista em dizer que o Facebook não monetiza os grupos de ódio, o estudo descobriu que os anúncios aparecem em 40% desses grupos.

Dessas páginas de supremacistas brancos, 24 foram autogeradas pelo próprio Facebook. A plataforma cria essas páginas automaticamente quando os usuários listam seus interesses, locais onde trabalharam ou negócios que não tenham uma página existente.

Facebook e Microsoft se unem para combater grupos extremistas
Imagem: nito100 (iStock)

A porta-voz da Meta, Dani Lever, explicou que 270 grupos caracterizados pela empresa, como sendo organizações supremacistas brancas, são banidos do Facebook. Diz também que investem em tecnologia pessoal e em pesquisa para garantir que a plataforma seja segura.

Dani diz: “Resolvemos imediatamente o problema onde os anúncios apareciam em buscas por termos relacionados a organizações proibidas e também estamos trabalhando para corrigir um problema de geração automática, que incorretamente impactou um pequeno número de páginas”.

“Continuaremos a trabalhar com especialistas e organizações externas em um esforço para ficar à frente de conteúdos violentos, odiosos e relacionados ao terrorismo e remover esses conteúdos de nossas plataformas”, finalizou.

Meta aumenta US$ 10 bilhões em sua primeira oferta de títulos

Nesta terça-feira (9), foi divulgado que a dona do Facebook e de diversas outras redes sociais, a Meta Platforms, levantou US$ 10 bilhões em sua primeira oferta de títulos, ao mesmo tempo que procura financiar recompras de ações e investimentos para renovar seus negócios.

Essa oferta pode promover a Meta, a única no meio de grandes empresas de tecnologia sem dívidas em seu histórico, a criar um balanço mais tradicional e financiar algumas iniciativas caras, como por exemplo, sua realidade virtual metaverso.

Para saber mais, acesse a reportagem do Olhar Digital.

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Redator(a)

Estagiária de redação do site Olhar Digital

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.