Um estudo da ISG Provider Lens Internet das Coisas (IoT) mostra que mais de 27 bilhões de aparelhos já estão conectados e se conversam no mundo. Além desses dados, essa análise comprovou o estágio de maturidade das empresas relacionadas a essa indústria no Brasil.

Esses dados gerados pela TGT Consult e a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), apontam que este assunto é muito mais recorrente em instituições privadas e públicas, já que é considerada tecnologia crucial dentro da transformação digital, autorizando que essas organizações melhorem sua eficiência no trabalho.

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Ainda de acordo com David de Paulo Pereira, o desenvolvedor da pesquisa e analista da TGT Consult/ISG, a rede de serviços pertencentes a consultoria, implementação e serviços gerenciados de Internet das Coisas cresceu e amadureceu bastante desde a publicação do Plano Nacional de IoT.

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“A gestão e monitoramento de ativos de toda natureza e o uso de dados e inteligência artificial (IA) para tomada de decisão passou a ser uma atividade comum em áreas distintas como Telecomunicações, Agronegócio, Medicina, Logística e com mais frequência em processos fabris”, informa David.

“Por uma questão histórica e de contexto local, nós vemos que este mercado é liderado principalmente por empresas que têm uma tradição na manutenção e automação industrial e pelas empresas de Telecom. Em termos de qualidade tecnológica, estamos em pé de igualdade com os países líderes na adoção de IOT, por enquanto com um mercado menor, porém com uma oportunidade enorme de crescimento.”

“A principal tendência é a junção de IoT com Inteligência Artificial e com a Ciência de Dados. Quando se implementa dispositivos inteligentes, começa-se a coletar um volume gigantesco de dados e saber analisar e usar a Inteligência Artificial para entender padrões e tendências é um fator chave de sucesso. Outro movimento que estamos começando a ver é o uso de gêmeos digitais ou ‘Digital Twins’ para simular o funcionamento de equipamentos e ambientes complexos”, relata o analista.

Até 2025, mais de 27 bilhões de aparelhos estarão conectados
Imagem: Veja/Shutterstock

David acredita que esta tecnologia é capaz de examinar como é a conduta de cada aparelho em diferentes situações ambientais como por exemplo: temperaturas extremas, trepidações, umidade e outras variáveis que podem afetar a ferramenta.

O analista também relata que o desenvolvimento de entendimento dos benefícios deste tipo de tecnologia e a melhora do próprio negócio foram essenciais para o avanço das tecnologias IoT no último ano. 

Da mesma forma que a pandemia da Covid-19 aumentou a mudança digital e consequentemente o uso de aparelhos conectados. “A logística passou a ser crítica para muitos segmentos e monitorar veículos, cargas e objetos passou a ser um fator de sobrevivência para muitos negócios”, comenta David.

“O Brasil está acompanhando os avanços mundiais com pequena defasagem por conta da nossa infraestrutura e não por falta de conhecimento”, conclui Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC).

Via: Forbes

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