Aglomerado globular é a designação de um tipo de agrupamento estelar cujo formato aparente é esférico e cujo interior é extremamente denso e rico em estrelas antigas, podendo ter mais de um milhão delas unidas pela força da gravidade. E o lendário Telescópio Espacial Hubble flagrou uma formação dessa perto do centro da Via Láctea, obtendo uma imagem de tirar o fôlego.

Trata-se de NGC 6540, um aglomerado que fica a 17 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário. 

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Aglomerado globular NGC 6540, flagrado a 17 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário. Imagem: ESA/Hubble & NASA, R. Cohen

De acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), parceira da NASA na missão Hubble, a imagem foi produzida por dois instrumentos em conjunto: a Wide Field Camera 3 e a Advanced Camera for Surveys.

“As estrelas mais brilhantes desta imagem são adornadas com padrões de luz em forma cruzada proeminentes conhecidos como picos de difração”, explica a ESA no comunicado. “Esses enfeites astronômicos são um tipo de artefato de imagem, o que significa que eles são causados pela estrutura do Hubble e não pelas próprias estrelas. O caminho tomado pela luz estelar ao entrar no telescópio é ligeiramente perturbado por sua estrutura interna, fazendo com que objetos brilhantes sejam cercados por picos de luz”.

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A nova imagem foi capturada quando o aglomerado NGC 6540 apareceu no campo de visão de ambos os instrumentos, enquanto analisavam a região sul da constelação de Sagitário.

Segundo a ESA, as observações que resultaram na nova imagem são parte de um esforço maior para ajudar os astrônomos a medir as idades, formas e estruturas de aglomerados globulares localizados perto do centro da Via Láctea.

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“O gás e a poeira que encobrem o centro de nossa galáxia bloqueiam parte da luz desses aglomerados, além de alterar sutilmente as cores de suas estrelas”, diz a agência. “Os aglomerados globulares contêm pistas sobre a história mais antiga da Via Láctea, e estudá-los pode ajudar a entender como nossa galáxia evoluiu”.

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Há 32 anos em operação, o Hubble continua fazendo novas descobertas e está trabalhando junto com o recém-operacional Telescópio Espacial James Webb para estudar o cosmos com detalhes cada vez mais impressionantes.

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