A Meta, empresa dona do Facebook, anunciou que pretende aplicar criptografia de ponta a ponta (E2EE) em todas as conversas do Messenger, mas isso não agradou alguns governos, como o do Reino Unido e dos Estados Unidos.
A secretária do Interior do Reino Unido, Priti Patel, afirmou em um editorial para o portal Tory The Telegraph, que essa atitude da Meta significa uma “traição grotesca” que não coloca em pauta a segurança infantil.
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“Muitos predadores de crianças usam plataformas de mídia social como o Facebook para descobrir, atacar e abusar sexualmente de crianças”, explica Patel. “É vital que a polícia tenha acesso às informações necessárias para identificar as crianças nessas imagens e protegê-las de predadores vis.”
O lado conservador do governo do Reino Unido deve querer implementar alguma demanda sobre a criptografia na Lei de Segurança Online, mas o processo está parado desde a renúncia de Boris Johnson.
Nos Estados Unidos, a criptografia completa do Messenger também está sendo atacada por pessoas mais conservadoras. Os críticos alegam que deste modo será mais difícil para a polícia emitir mandados de buscas em chats de usuários, como no caso de pessoas suspeitas de praticar o aborto, que foi proibido em alguns estados após a derrubada do precedente Roe x Wade.
Atualmente, dos apps da Meta, apenas o WhatsApp possui criptografia de ponta a ponta em todas as conversas. O Messenger possui uma opção para que os usuários ativem esse recurso de segurança em alguns bate-papos de maneira temporária.
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