Bateria criada por engenheiros do MIT é mais barata e resistente que as de lítio

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 25/08/2022 22h06, atualizada em 29/08/2022 14h21
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Diante da escassez e do aumento do preço do lítio, os engenheiros do MIT desenvolveram um novo modelo de bateria, que utiliza apenas alumínio, enxofre e sal. Além de ter um custo mais baixo, ela também é resistente ao fogo, outros materiais e falhas. A tecnologia implementada no dispositivo permite um carregamento rápido, fator que pode expandir o seu uso para casas, veículos elétricos, entre outros.

As expectativas em torno desse tema são muitas, bem como os esforços. O Olhar Digital publicou, em 2020, que pesquisadores da Universidade Estadual de Washington e do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA, desenvolveram um novo tipo de bateria baseado em íons de sódio (Na-Ion), que armazena tanta energia e funciona tão bem quanto as atuais baterias de íons de lítio (Li-Ion).

Assim como os dispositivos de alumínio-enxofre, essa baterias usam materiais mais baratos e mais abundantes.

Leia mais:

Essa invenção caminha junto da busca por alternativas de energia mais baratas, seguras e acessíveis. Os materiais, amplamente disponíveis e de baixo custo, não são inflamáveis e nem oferecem risco de explosão, como aconteceu com algumas baterias de lítio.

Os benefícios não param por aí. A bateria formulada pelos engenheiros tem vida útil longa e suporta centenas de ciclos de carga, carregam 25 vezes mais rápido que as baterias comuns, em temperatura ambiente, e podem operar em locais com alta temperatura até 200ºC. O sal, presente no eletrólito, impede a formação de detritos, responsáveis por causar curto-circuito.

Bateria nova no mercado

Em breve, provavelmente, as baterias de alumínio-enxofre estarão no mercado, pois as patentes já foram licenciadas para uma empresa chamada Avanti, que foi co-fundada por um dos autores do estudo, publicado na revista Nature, que descreve o projeto. Agora, o desafio está em produzir em escala e executar novos testes.

Via: New Atlas

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.