Nesta semana, viralizou uma imagem de idosa de 92 anos que, durante 40 anos, passou protetor solar somente em seu rosto, mas não no pescoço. A foto foi publicada em outubro de 2021 em artigo científico que alerta sobre o câncer de pele na Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology. Confira:

publicidade
Idosa fez o mesmo “ritual” por 40 anos (Imagem: Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology/C. Posch)

Além de ser perceptível na imagem, o artigo, de autoria de Christian Posch, pesquisador no Departamento de Dermatologia da Universidade Técnica de Munique, Alemanha, destaca que, por meio de exame clínico, foi possível constatar a diferença de tons na pele “com diferença marcante do dano solar”. Contudo, o texto não diz mais sobre as condições atuais da idosa.

Leia mais:

publicidade

Visando prevenir o câncer de pele, o paper indica que “o envelhecimento é indutor discreto e potente de câncer de pele que precisa ser abordado sistematicamente para melhorar a prevenção no futuro”.

Via Twitter, o pesquisador celebrou o sucesso da imagem no último sábado. Nele, disse que está “feliz por ver esta foto circulando! incrível!”, reiterando a importância do artigo.

publicidade

Com informações de g1

publicidade

Câncer de pele: pesquisa brasileira descobre como retardar avanço do melanoma

Uma pesquisa publicada pela revista Scientific Reports apontou que um peptídeo – molécula derivada de uma proteína – desenvolvida por cientistas brasileiros foi capaz de combater o câncer de pele em modelo animal. O peptídeo Rb4 se torna um agente promissor para o tratamento de tumores resistentes a drogas

Durante a pesquisa, foi possível notar que o Rb4 desencadeia necrose nas células de melanoma murinas (de camundongos). Pode-se perceber que o composto inibiu a viabilidade de linhagens celulares do câncer humano, deste modo, as células tumorais ficam dilatadas.

“Fazemos ciência básica em busca de novas moléculas. Neste estudo, o Rb4, que deriva de proteína proteolipídica 2 [PLP2], apresentou preferência por causar um tipo específico de morte celular, a necrose, especialmente em melanoma. Mas não está claro como essa necrose ocorre e se desenvolve. O artigo dá alguns indícios da composição morfológica e dos efeitos finais do contato com o peptídeo”, contou um dos autores do estudo, Fabrício Castro Machado, à Agência FAPESP.  

Nos animais, a substância reduziu a metástase pulmonar e retardou o crescimento do melanoma subcutâneo. Com isso é possível notar que o Rb4 atua diretamento no tumor, induzindo a expressão de dois padrões moleculares associados ao dano, chamados DAMPs, que desencadeiam um efeito imunoestimulador durante a morte celular de melanoma. 

Durante os testes, os pesquisadores descobriram que o peptídeo foi capaz de interferir na morfologia, replicação e associação do melanoma. O Rb4 foi capaz de impedir que as células tumorais se replicassem e formassem conglomerados.

O Rb4 também reduziu o número de nódulos metastáticos pulmonares no modelo de melanoma singênico (animais gêmeos). Quando comparados ao grupo controle, os animais tratados com Rb4 teve uma sobrevida de mais de 25% em até 10 dias.  

Os animais testados receberam tratamento de cinco injeções do peptídeo (300 microgramas/por animal) em dias alternados, o que atrasou o crescimento do câncer de pele em até 40 dias.

Imagem destacada: Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology/C. Posch

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!