Renault e Stellantis interrompem suas produções por falta de chips

Os fabricantes de automóveis Stellantis e Renault irão parar parcialmente as suas fábricas espanholas nos próximos dias e semanas
Por Gabrielly Bento, editado por Adriano Camargo 16/09/2022 16h04
Fachada de concessionária da Renault
Sergio Photone/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Nesta sexta-feira (16), os fabricantes de automóveis Stellantis e Renault irão interromper parcialmente as suas fábricas espanholas nas próximas semanas. O anúncio foi dado por representantes do sindicato, e o motivo é a falta de microchips.

Leia mais:

A falta global de chips, causada pela pandemia, a crescente procura e a queda da produção tem devastado o setor automotivo, com muitas empresas interrompendo temporariamente suas produções.

De acordo com um representante do sindicato CCOO, duas fábricas da Renault na região espanhola de Castela e Leão serão paralisadas temporariamente. Uma delas irá fechar totalmente no sábado (17) e a outra cancelará turnos ao decorrer dos dias das próximas semanas.

Renault e Stellantis param suas produções por falta de materiais
T. Schneider / Shutterstock.com

Ao mesmo tempo a Stellantis foi cancelando turnos noturnos de sábado e domingo em sua fábrica de Vigo, no noroeste da Espanha.

Além disso, nos últimos meses, ambas as empresas interromperam a produção várias vezes em outros períodos.

“Eles pararam a produção por 15 dias em fevereiro. A escassez de insumos pode significar mais interrupções a qualquer momento”, relatou um representante do sindicato Stellantis à Reuters.

“Renault hoje é apenas uma sombra do que já foi”, diz ex-CEO

Sobretudo, o ex-CEO da Renault, Carlos Ghosn, disse em entrevista ao jornal francês Le Parisien que a montadora tornou-se uma “sombra do que já foi” no passado. Na longa conversa com a publicação, o executivo disse estar triste com a decadência do grupo, que vive grave crise desde 2019, embora tenha se isentado de qualquer responsabilidade parcial na queda — Ghosn era o mandatário da companhia no início do processo.

“Conduzi o crescimento da montadora durante 13 anos, obtive resultados excepcionais e agora alguns têm a indecência de dizer que os maus resultados de 2019, 2020 e 2021, são por causa de mim?”, questionou o ex-CEO da Renault, que tratou de atacar em seguida o atual chefão da marca, Luca de Meo. “Uma gestão que atribui todas as dificuldades a uma ‘corrida por volumes’. Eles poderiam ter encontrado ataques mais finos. Francamente, acho indecente.”

Leia mais em Olhar Digital

Via: Reuters

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Redator(a)

Gabrielly Bento é redator(a) no Olhar Digital

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.