Meta derrubou várias contas falsas da China antes das eleições dos EUA

A Meta afirmou que derrubou uma rede de contas falsas da China, que visavam os Estados Unidos com memes e postagens sobre questões políticas
Por Gabrielly Bento, editado por Adriano Camargo 27/09/2022 15h05, atualizada em 27/09/2022 15h10
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Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock
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Nesta terça-feira (27), a Meta afirmou que derrubou uma rede de contas falsas da China, que visavam os Estados Unidos com memes e postagens sobre questões políticas antes das eleições americanas em novembro. 

A rede consistia em 81 contas do Facebook, oito páginas da mesma rede, duas contas no Instagram e mais um grupo também do Facebook.

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Segundo a Meta, das 81 contas, 20 seguiam pelo menos uma das páginas e o grupo tinha cerca de 250 membros.

Essas contas falsas publicadas em quatro “clusters” diferentes de atividade, começando com conteúdo em chinês “sobre questões geopolíticas, criticando os EUA”. 

O cluster seguinte passou a ter memes e conteúdos em inglês, enquanto os clusters subsequentes criaram as páginas do Facebook e hashtags que também circularam no Twitter. Além dos EUA, alguns clusters também direcionaram postagens para pessoas na República Tcheca.

Durante uma conversa com repórteres, o líder de inteligência de ameaças globais da Meta, Ben Nimmo, relatou que as pessoas por trás das contas “cometeram vários erros” que permitiram que a Meta as pegasse com mais facilidade, como por exemplo: postar apenas durante o horário de trabalho na China. 

Ao mesmo tempo, Nimmo informou que essa rede representava uma “nova direção para as operações de influência chinesa” porque as contas se apresentavam como liberais e conservadores, defendendo ambos os lados em questões como controle de armas e direito ao aborto.

“É como se eles estivessem usando essas questões quentes para tentar encontrar um ponto de entrada no discurso americano”, comentou Nimmo. “É uma nova direção importante para estar ciente”. 

De acordo com a Meta, as contas também compartilharam memes sobre o presidente Joe Biden, o senador da Flórida Marco Rubio, o senador de Utah Mitt Romney e a presidente da Câmara Nancy Pelosi.

Vale ressaltar que a Meta também compartilhou detalhes sobre uma rede muito maior de contas falsas da Rússia, que descreveu como a “a mais complexa operação de origem russa que interrompemos desde o início da guerra na Ucrânia”. A empresa identificou mais de 1.600 contas do Facebook e 700 páginas da mesma rede associadas ao esforço, que atraiu mais de 5 mil seguidores.

Meta
Imagem: Koshiro K/Shutterstock

A rede utilizou as contas para impulsionar uma série de sites falsos que se passavam por agências de notícias legítimas e organizações europeias. Eles visavam pessoas na Alemanha, França, Itália, Ucrânia e Reino Unido, e eram publicados em vários idiomas.

“Eles publicavam artigos originais que criticavam a Ucrânia e os refugiados ucranianos, elogiavam a Rússia e argumentavam que as sanções ocidentais contra a Rússia sairiam pela culatra”, relatou a Meta em seu relatório. “Eles então promoveriam esses artigos e também memes originais e vídeos do YouTube em muitos serviços de internet, incluindo Facebook, Instagram, Telegram, Twitter, sites de petições Change.org e Avaaz.com, e até mesmo LiveJournal”.

A Meta ainda observa que “em algumas ocasiões” as postagens dessas contas falsas foram “ampliadas pelas embaixadas russas na Europa e na Ásia”, embora não tenha encontrado ligações diretas entre as contas da embaixada e as da rede. 

Tanto para as redes baseadas na Rússia quanto na China, a Meta afirmou não conseguir atribuir as contas falsas a indivíduos ou grupos específicos dentro dos países.

Via: Engadget

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Redator(a)

Gabrielly Bento é redator(a) no Olhar Digital

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.