SpaceX pode empurrar Hubble para estender vida útil do telescópio 

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 30/09/2022 18h30, atualizada em 04/10/2022 14h23
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A aposentadoria do Telescópio Espacial Hubble pode ser adiada. A NASA em conjunto com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, planejam firmar um contrato para que a vida útil do instrumento óptico seja estendida. Nesse caso a SpaceX ficaria responsável por impulsionar Hubble para uma maior altitude.

Para se manter útil, o telescópio, localizado a mais de 540 quilômetros da Terra, precisa permanecer em órbita e contornar o decaimento que acontece lentamente, com o passar do tempo. Para isso, é preciso incorporar um sistema que gere propulsão para que ele volte a uma altura adequada.

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O novo projeto, que envolve a SpaceX, contaria com uma cápsula Dragon da empresa. Segundo o cientista-chefe da NASA, Thomas Zurbuchen, “há uns meses, a SpaceX abordou a NASA com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar nossa nave espacial Hubble”.

Além disso, Zurbuchen disse que a agência havia aceitado o estudo sem custos. Porém, o cientista destacou que ainda não há planos concretos de conduzir ou financiar uma missão como essa até que se compreenda melhor seus desafios técnicos.

A SpaceX não estava sozinha quanto propôs a ideia para a NASA. O Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados dirigida pelo bilionário Jared Isaacman, também participou da proposta. No ano passado, a companhia de Isaacman alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.

Hubble pode sair de órbita em 15 anos

Atualmente, o renomado observatório tem previsão de permanecer em operação até meados de 2037. O gerente de projeto do telescópio, Patrick Crouse, acredita que existem 50% de chances de que o Hubble saia de órbita nesse período.

Essa não seria a primeira vez que o Hubble, em operação desde 1990, receberia um impulso nesse sentido. Missões anteriores do ônibus espacial cumpriram essa tarefa. Afinal, trata-se de um dos mais valiosos instrumentos da história científica e que continua a fazer importantes descobertas. É por esse motivo que Zurbuchen acredita ser válido fazer parcerias com empresas para tentar uma sobrevida do Hubble.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.