Impressionante mancha de lava fotografada do espaço pela ISS

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Jeniffer Cardoso 06/10/2022 09h30, atualizada em 07/10/2022 13h27
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Um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) conseguiu captar uma grande mancha feita por um antigo fluxo de lava que perpassa, como uma cicatriz escura, o deserto do Novo México, nos Estados Unidos. Carrizozo Malpaís é o nome com o qual o fluxo de lava basáltico, que cobre uma área de 337 quilômetros quadrados e tem aproximadamente 80 quilômetros de comprimento, foi batizado.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), esse fluxo de lava, oriundo de um vulcão escudo é considerado um dos maiores que se formaram na Terra nos último 10 mil anos. Estima-se que essa estrutura começou a se formar há 5 mil anos e que todo os processo de consolidação da mancha como é possível ver hoje ocorreu em um período entre 20 e 30 anos.

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A imagem publicada pela NASA foi tirada na Expedição 67, da Estação Espacial Internacional, e é uma das mais detalhadas já feitas da mancha de lava Carrrizozo Malpaís.

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Imagem: Fotografia tirada de mancha de lava basáltica, no Novo México (EUA). Créditos: Observatório da Terra da NASA

Os vulcões escuros expelem grandes quantidades de lava, que gradualmente formam uma montanha larga que se assemelha a um escudo. Segundo a USGS, após esse evento espalhar uma quantidade extraordinariamente grande de lava, o vulcão ficou adormecido.

A lava permite a proliferação de várias espécies vegetais

O “pequeno pico negro”, como é conhecido o exato local onde ocorreu o derramamento da maior parte da lava, fica na extremidade norte da mancha escura. De acordo com o Observatório da Terra, a aparência desigual e texturizada do terreno basáltico é o resultado da dispersão de luz das fissuras, colapsos e depressões na rocha vulcânica.

Apesar de parecer sem vida, visto de cima, várias espécies de plantas acostumadas com o clima desértico, como cactos, árvores de zimbro e outras espécies, podem crescer nesse tipo de terreno. O antigo campo de lava pode parecer sem vida de cima, mas várias espécies de plantas do deserto, como cactos de pera espinhosos (Opuntia), flores perenes e árvores de zimbro, podem crescer no magma congelado, de acordo com o Observatório da Terra.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Jeniffer Cardoso
Redator(a)

Jeniffer Cardoso é formada em jornalismo pela Universidade Metodista de SP e trabalha na área desde 2004. Chegou ao Olhar Digital em 2021, para atuar na distribuição de conteúdo nas redes sociais.

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