Um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) conseguiu captar uma grande mancha feita por um antigo fluxo de lava que perpassa, como uma cicatriz escura, o deserto do Novo México, nos Estados Unidos. Carrizozo Malpaís é o nome com o qual o fluxo de lava basáltico, que cobre uma área de 337 quilômetros quadrados e tem aproximadamente 80 quilômetros de comprimento, foi batizado.
De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), esse fluxo de lava, oriundo de um vulcão escudo é considerado um dos maiores que se formaram na Terra nos último 10 mil anos. Estima-se que essa estrutura começou a se formar há 5 mil anos e que todo os processo de consolidação da mancha como é possível ver hoje ocorreu em um período entre 20 e 30 anos.
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A imagem publicada pela NASA foi tirada na Expedição 67, da Estação Espacial Internacional, e é uma das mais detalhadas já feitas da mancha de lava Carrrizozo Malpaís.

Os vulcões escuros expelem grandes quantidades de lava, que gradualmente formam uma montanha larga que se assemelha a um escudo. Segundo a USGS, após esse evento espalhar uma quantidade extraordinariamente grande de lava, o vulcão ficou adormecido.
A lava permite a proliferação de várias espécies vegetais
O “pequeno pico negro”, como é conhecido o exato local onde ocorreu o derramamento da maior parte da lava, fica na extremidade norte da mancha escura. De acordo com o Observatório da Terra, a aparência desigual e texturizada do terreno basáltico é o resultado da dispersão de luz das fissuras, colapsos e depressões na rocha vulcânica.
Apesar de parecer sem vida, visto de cima, várias espécies de plantas acostumadas com o clima desértico, como cactos, árvores de zimbro e outras espécies, podem crescer nesse tipo de terreno. O antigo campo de lava pode parecer sem vida de cima, mas várias espécies de plantas do deserto, como cactos de pera espinhosos (Opuntia), flores perenes e árvores de zimbro, podem crescer no magma congelado, de acordo com o Observatório da Terra.
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