Com a chegada de um novo “Hellraiser“, que trará de volta os Cenobitas e os horrores causados por eles, uma dúvida pode ficar: o filme é uma sequência da franquia, um remake do primeiro filme, ou um reboot total da série?

“The Hellbound Heart”, história escrita por Clive Barker, foi adaptada em 1987, com roteiro e direção do próprio escritor. Assim nasceu o “Hellraiser” original, que acabou se tornando uma franquia, que adicionou nove sequências. O sucesso da franquia se baseia principalmente em seu personagem mais icônico: Pinhead.

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Neste novo capítulo da franquia, que chega 35 anos após o original, Doug Bradley, o Pinhead original, será substituído pela atriz Jamie Clayton, estrela da série da Netflix, “Sense8”. David Bruckner assume como o diretor do filme, sendo conhecido no universo do terror por longas como “V/H/S” e “A Casa Sombria”.

Agora, o novo “Hellraiser”, do Hulu, não chega como uma sequência ao filme original de 1987, e nem trata-se de um remake tradicional. Em vez disto, o filme é uma readaptação da história de Clive Barker, assim como um reboot da franquia “Hellraiser”.

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Ao ignorar as sequências da franquia, o novo filme deixa para trás filmes que não conquistaram aclamação nem da crítica, nem do público, visto que nenhum longa, além do filme original de 1987, tem aprovação no Rotten Tomatoes superior a 50%, o que sinaliza que todos receberam reviews negativos dos críticos. Por outro lado, o “Hellraiser” de 2022 tem 80% de aprovação da crítica.

Por que o novo “Hellraiser” não é um remake?

Doug Bradley como Pinhead em 'Hellraiser' (1987). Imagem: New World Pictures/Reprodução
Doug Bradley como Pinhead em ‘Hellraiser’ (1987). Imagem: New World Pictures/Reprodução

O novo filme é uma readaptação e um reboot, em vez de um remake direto, porque isto libera a nova produção a explorar mais as ideias do livro de Clive Barker. Por exemplo, Pinhead e os demais Cenobitas eram descritos como figuras andrógenas no livro. Só que Pinhead, em específico, também era descrito com uma voz mais feminina, o que não corresponde ao tom masculino de Doug Bradley no filme de 1987.

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Assim, o novo “Hellraiser” pode ser visto como mais fiel ao texto original ao colocar Pinhead como uma figura feminina (vivida por Jamie Clayton) no reboot. Além disso, o status de reboot também distancia o novo filme das falhas da série original.

A maioria das sequências de “Hellraiser” foram criticadas pela aparência de serem filmes baratos, e pela temática muito distante da história original de Clive Barker. “Hellraiser: Revelações” de 2011, por exemplo, é um filme com 1h15 de duração que foi produzido em um período curto, apenas para que a Dimension Films não perdesse os direitos da franquia.

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Isto fez com que Doug Bradley se recusasse a retornar ao papel de Pinhead, apesar de ter vivido o personagem em todos os filmes até aquele momento. Assim, o personagem trocou de rosto pela primeira vez na história da franquia.

Por todas estas trapalhadas, um recomeço faz com que o público fique mais animado para ver o filme. Com uma abordagem nova ao material original de Clive Barker, o reboot “Hellraiser” de David Bruckner acaba se tornando o filme mais atraente aos fãs e à crítica desde o lançamento do original.

O novo “Hellraiser” tem previsão de estreia para o dia 7 de outubro, e deve chegar ao Brasil pelo Star+.

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