No auge da pandemia, um dos sintomas que mais chamava atenção de médicos e pacientes era a perda do olfato, além da febre e dores de cabeça intensas, que serviam como um guia para, mesmo sem um resultado positivo, colocar os possíveis infectados em alerta ou como suspeitos. Agora, no entanto, um novo sinal da doença parece estar dominando os casos: a dor de garganta. 

De acordo com reportagem do jornal britânico The Independent, que foi divulgada também pelo O Globo, o sintoma já aparece em dois terços dos infectados pela Covid. Para alguns especialistas, a alteração na predominância de sintomas pode ser preocupante, já que indica que pessoas podem estar se contaminando e transmitindo sem nem ao menos saber que o sintoma também pode resultar em um diagnóstico de coronavírus. 

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Testagem Covid-19
Testagem Covid-19. Imagem: Noiel/Shutterstock

“Muitas pessoas ainda estão usando as diretrizes do governo sobre os sintomas, que estão erradas. Os casos agora começam com uma dor de garganta, febre e perda de olfato são realmente raras agora, então muitos idosos podem não pensar que têm Covid. Eles diriam que é um resfriado e não seriam testados”, afirmou Tim Spector, professor de epidemiologia genética do King’s College London, ao jornal. 

Segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido, os casos de Covid-19 no país aumentaram 14% no fim de setembro. Os números também apontam uma alta na Inglaterra e no País de Gales, com uma tendência incerta na Irlanda do Norte e na Escócia. Os idosos com mais de 65 anos são os mais afetados. Apesar da alta, as internações permanecem estáveis. 

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Já nos Estados Unidos a tendência nos casos é de queda. As internações e mortes também caíram, cerca de 7% e 6%, respectivamente. 

“Os reforços bivalentes ajudam a restaurar a proteção que pode ter diminuído desde a sua última dose. Quanto mais pessoas se mantiverem em dia com as vacinas, mais chances teremos de evitar um possível aumento da doença COVID-19 no final deste outono e inverno”, disse o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). 

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No Brasil, após 79 dias de estabilidade e queda, o número de mortes voltou a subir nesta semana. Na quarta-feira (5), conforme os números atualizados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde, o país registrou 109 mortes e mais de sete mil novos casos da doença. A média móvel de mortes ultrapassou os 90 óbitos, a maior em 29 dias. 

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