Poliomielite: Ministro da Saúde diz que momento é delicado e defende ações imediatas

Tamires Ferreira27/09/2022 12h21
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa da apresentação dos primeiros profissionais que irão fortalecer o atendimento à população pelo programa Médicos pelo Brasil. Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, ao discursar na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana que ocorreu na segunda-feira (26), que as Américas vivem momento delicado frente à ameaça de retorno da poliomielite na região. Recentemente, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) voltou a alertar o Brasil sobre a reintrodução do vírus e acrescentou que quase toda a América do Sul atualmente tem cobertura vacinal abaixo de 80%. 

Segundo informações da Agência Brasil, o ministro reforçou a necessidade de ações imediatas contra a pólio e defendeu a promoção de uma vigilância epidemiológica sensível, que permita a detecção e a investigação de todos os casos de paralisia flácida aguda (paralisia infantil), quadro relacionado à poliomielite.  

poliomielite
Imagem: Dan76/shutterstock

“A inclusão do tema erradicação da poliomielite como item na agenda da 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana é crucial para alavancarmos ações imediatas de comunicação sobre os riscos existentes, bem como coordenar esforços”, disse, destacando ainda a necessidade de elaboração de um plano de resposta a surtos atualizado, de acordo com procedimentos operacionais previstos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“Precisamos ampliar as coberturas vacinais e fortalecer nossos sistemas de vigilância para evitar o risco de reintrodução dessa enfermidade imunoprevenível em nossa região. Precisamos agir agora. Precisamos agir juntos”, finalizou o gestor. 

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite está em andamento em todo o país e deve ser encerrada na próxima sexta-feira (30), após ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por conta da baixa adesão. Até o último sábado (24), 6 milhões de doses haviam sido aplicadas – o que representa apenas 52% do público-alvo. Conforme planos do Ministério da Saúde, o objetivo era imunizar 95% das 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos.  

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O que é poliomielite? 

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. 

Vale ressaltar que a vacinação é a única forma de prevenção contra a doença. O esquema de imunização contra a poliomielite é composto de cinco doses: as três primeiras com a vacina injetável de vírus inativada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Depois, há dois reforços com a famosa gotinha, administradas com 1 e 4 anos.   

Atualmente, também ocorre a multivacinação, que está disponibilizando diversas vacinas para crianças e adolescentes a fim de aumentar a taxa de cobertura vacinal de outras doenças. As campanhas contra a pólio e de multivacinação coincidem também com a imunização contra a covid-19 – ela está disponível para crianças a partir dos 3 anos de idade, adolescentes e adultos, o que inclui as de reforço.

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.