A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou em resolução a obrigatoriedade diária do teste de qualidade de imagem nos mamógrafos das redes públicas e privadas. A medida visa ajudar a conter erros em exames da mama, desde o emprego incorreto e sujeira no aparelho até a utilização de filme radiográfico riscado ou com marcas de impressão digital. 

“Problemas como esses podem levar a interpretação das imagens e laudos equivocados, comprometendo a detecção da doença e, consequentemente, a saúde das pacientes”, disse o físico médico Walmoli Gerber Jr. 

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Imagem mostra duas mulheres, uma médica e outra paciente, analisando exame de câncer de mama
Crédito: Lordn/Shutterstock

Antes, as análises de qualidade ocorriam mensalmente. Segundo Gerber, quanto mais se testar a qualidade, maior a probabilidade de detecção do câncer de mama, dada as chances de cura em 90% quando identificado precocemente. A testabilidade nos mamógrafos faz parte do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), instituído pelo Ministério da Saúde como norma de segurança exigida aos serviços públicos e privados de diagnóstico por imagem. 

É importante dizer que a mamografia é a grande aliada das mulheres para a detecção precoce do câncer de mama. Estudos mostram que a realização anual do exame, a partir dos 40 anos, reduz em mais de 35% a mortalidade pela doença. Para garantir a qualidade dos laudos e o diagnóstico correto, hospitais, clínicas e consultórios de todo país que realizam mamografias fazem, a partir de agora, testes diários nos equipamentos com o uso de phantom, um instrumento que age como um simulador de mama.  

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“Se a leitura de estruturas estiver nítida pelo uso dos simuladores, significa dizer que o equipamento está adequado para o exame”, explicou o especialista. Para ele, a mudança dos testes mensais para diários representa uma vitória para todas as mulheres. 

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As normas estabelecidas pela Anvisa são rigorosas, propensas a suspensão do serviço de mamografia nos hospitais, clínicas e consultórios que não as cumprirem. “Qualidade da imagem, força de compressão, dose glandular média na mama são alguns critérios exigidos, e que precisam ficar à disposição das autoridades sanitárias para inspeção.” 

O médico também esclareceu que os testes trazem segurança ao operador e ao responsável técnico da instituição de saúde, que obtém garantia no resultado do laudo para o médico, dando assim as condições necessárias para propor o tratamento mais adequado à paciente. “A saúde da mulher sai ganhando e o Brasil vai se destacar mundialmente na capacidade de rastreamento”, concluiu.

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