Se você vive no planeta Terra, dentro dos últimos dois anos já deve ter ouvido falar ao menos uma vez em NFTs. Eles estão presentes no mundo virtual, são muito usados como mecanismos de capitalização dentro dos games e encontram-se ligados ao Metaverso

Além disso, recentemente, alguns famosos de todo o mundo, inclusive brasileiros, começaram a investir nos tais NFTs. E se gente como Lionel Messi, Jay-Z, Justin Bieber e Whindersson Nunes está investindo nessa nova espécie de ativo digital, isso só pode querer dizer que o negócio é mesmo lucrativo e que você precisa urgentemente saber do que se trata.

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Poderíamos dizer que os NFTs são, em resumo, imagens que valem milhões. Bem, talvez nem sempre valham tanto assim. De qualquer forma, são imagens que possuem valor em si mesmas. Lembra do “macaquinho do Neymar”? Pois é, esse foi um NFT que ficou muito conhecido recentemente porque o jogador comprou uma imagem da coleção que traz os tais macaquinhos fazendo diversas coisas e, com isso, a supervalorizou.

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Mas o que são afinal os NFTs?

NFT significa Token Não Fungível. Para entender o que é isso, primeiro temos que entender melhor o significado do termo “fungível”. De forma resumida, os tokens fungíveis são ativos que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Exemplos disso são as criptomoedas e os commodities

O Coffeecoin, por exemplo, é uma moeda com lastro em 1 kg de café verde. Assim sendo, o detentor de um Coffecoin terá sempre o direito de trocá-la por um quilo do produto, no caso o café verde. Ou seja, existem milhões e exemplares da cripto Coffecoin.

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Já um token não fungível é algo totalmente único! Por mais que existam cópias perfeitas, o valor de uma obra de arte estará sempre na sua originalidade. Por exemplo: qualquer pessoa pode imprimir uma cópia da Monalisa. Mas será que faz sentido dizer que essa cópia tem o mesmo valor que o quadro original? Óbvio que não. Nesse caso, o quadro original da Monalisa é um objeto Não Fungível, porque é e sempre será único!

É exatamente disso que se trata. Os Non Fungible Tokens – NFTs, são representações digitais de ativos não fungíveis, que são únicos, não podem ser duplicados e por isso podem ter um valor agregado de milhares e até de milhões de dólares ou reais. O que assegura que determinado token não fungível é realmente único é o registro na blockchain, pois todo NFT possui seu atestado de propriedade que garante sua originalidade. 

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E é aí que entra o trabalho dos artistas, afinal, se enquadram muito bem como Tokens Não Fungíveis, os direitos autorais, itens colecionáveis, representações de obras de arte, ingressos, representações de músicas, figurinhas, etc.

Lívia Elektra já aderiu aos NFTs

Um exemplo prático do potencial de divulgação e consequente monetização que os NFTs representam para os artistas brasileiros, surgiu em meados deste ano. No dia 20 de julho de 2022, iniciou em Nova York, nos Estados Unidos, uma exposição de obras fotográficas transformadas em NFTs. Os trabalhos foram expostos na Times Square, reunindo fotógrafos renomados de todo o globo. Na ocasião, a única artista brasileira a marcar presença no evento foi a fotógrafa Livia Elektra.

Conhecida como vocalista das bandas Fake Number e VENVS, Lívia atua como fotógrafa há cerca de 7 anos. Em 2022, foi considerada pela plataforma NFTPhotographers umas das 109 melhores fotógrafas do mundo e, atualmente, seus trabalhos estão expostos em aeroportos da França, Japão, Portugal, Costa Rica, República Dominicana, Brasil e Sérvia.

Há cerca de um ano a artista começou a apostar no mercado NFT como forma de divulgar o seu trabalho. Além de marcar presença na exposição gringa, ela tem tido iniciativas no sentido de incluir mais mulheres no mercado NFT. Segundo notícia do Site Yahoo, um deles é uma produção na qual parte do lucro e da coleção NFT será destinada a investimento em projetos artísticos de outras mulheres que não têm condições de lançar esses jobs sozinhas. Outro será uma plataforma que irá estimular a entrada de mulheres no mundo da blockchain.

Artistas brasileiros e o mercado de NFTs

Além de Lívia Elektra, o também fotógrafo Beto Gatti e o produtor musical Marcus MPC também já estão investindo em coleções que transportam seu trabalho para o inovador e lucrativo universo dos NFTs. Os especialistas, no entanto, acreditam que isso é apenas o começo. Dentro de pouco tempo, os artistas migrarão em massa para o Metaverso, descobrindo toda a potencialidade de ganhos que ele representa para a classe.

Só para se ter uma ideia, com a popularização do Metaverso, prevista para breve, um músico, um artista plástico ou um autor, por exemplo, poderão vender 20% de sua obra, transformando-a num NFT, e assim, toda vez que essa obra for comercializada, um quinto do valor que for negociado, vai para as pessoas que compraram esse token, através de um contrato inteligente, que pode ser fracionado e vendido para várias pessoas. É o futuro se tornando presente e prometendo ser bastante inclusivo para artistas de todos os segmentos.

Os Quatro Elementos

O projeto “Os Quatro Elementos”, do diretor de arte e fotógrafo Elton Davel, e dos bailarinos Ana Luiza Luizi e Junio Enrique é um bom exemplo de uso do metaverso para divulgação da arte. A série, cujo objetivo central é mostrar a importância da conexão do ser humano com a natureza, é composta por 26 obras que retratam o casal de bailarinos em contato com os quatro elementos: ar, água, terra e fogo.  A exposição do trabalho aconteceu nos dias 22 e 23 de outubro em Manhattan, Nova York. Além disso, foi lançado um livro durante o evento e a prévia de um mini documentário que será lançado no dia 15 de Novembro que conta a história e os bastidores do projeto. 

O casal de bailarinos brasileiros são conhecidos como That Brazilian Couple, possuem mais de 2 milhões de seguidores e 1,5 bilhão de visualizações nas redes sociais, e pensando nessa audiência, junto com o fotógrafo brasileiro Elton Davel, os artistas irão lançar algumas dessas fotografias como parte da primeira coleção NFT. As obras também estarão em exposição em uma galeria, dentro do metaverso. Para completar, parte dos lucros arrecadados serão destinados aos povos indígenas da América Latina.

Para saber mais acesse aqui.

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