Polícia Federal prende ‘sheik dos bitcoins’ investigado por fraudes bilionárias

Suposto golpista tem como possíveis vítimas Sasha Meneghel e Wesley Safadão
Por William Schendes, editado por Adriano Camargo 03/11/2022 14h10, atualizada em 03/11/2022 14h11
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Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “sheik dos bitcoins” foi preso na manhã desta quinta-feira (3) em Curitiba pela Polícia Federal. O empresário é suspeito de comandar fraudes bilionárias em operações de criptomoedas.

A prisão de Francisley faz parte da Operação Poyais, deflagrada em 6 de outubro. De acordo com a PF ele seria o responsável por uma organização criminosa que cometeu práticas fraudulentas com criptomoedas no Brasil e exterior. 

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(Imagem: Reprodução)

Sua prisão foi motivada descumprimento de medidas cautelares que impediam o bilionário de continuar administrando suas empresas. Na investigação, a polícia descobriu que o empresário estava realizando encontros frequentes com funcionários de suas empresas.

“Considerando a atualidade e periculosidade das ações do investigado, o qual, mesmo solto, continuou a criar e gerir plataformas virtuais usadas para promoção de esquemas de pirâmides financeiras, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal também para garantia da ordem pública e econômica, buscando-se, assim, o fim da atividade delitiva.” disse a Polícia Federal de Curitiba em comunicado.

Francisley é investigado por comandar um esquema de pirâmide financeira por meio de seu grupo empresarial composto por aproximadamente 100 empresas. 

De acordo com O Globo, o “sheik dos bitcoins” tinha clientes famosos como Sasha Meneghel – filha da apresentadora Xuxa – e seu marido João Figueiredo, que perderam cerca de R$ 1,2 milhão em investimento feito em uma das empresas de Francisley.

O cantor sertanejo, Wesley Safadão, também alega ter sido vítima do suposto golpista. Francisley chegou a receber um avião avaliado em R$ 37 milhões como uma forma de garantia de pagamento pelo seu investimento feito em uma das empresas do “sheik dos bitcoins”.

Foi também sócio do pastor Silas Malafaia em um comércio de produtos religiosos.

Outra ação coletiva aberta há quase dois anos investiga se o “sheik dos bitcoins” e outros possíveis envolvidos com grupos criminosos teriam desviado até R$ 4 bilhões das vítimas brasileiras.

“As investigações da Operação Poyais continuam, não apenas para cessação das atividades criminosas, mas também para a elucidação da participação de todos os investigados nos crimes sob apuração, bem como o rastreamento patrimonial para viabilizar, ainda que parcialmente, a reparação dos danos gerados às vítimas.”, finalizou a PF.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.