O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento na noite de domingo (6) pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite. Segundo dados do ministério, a campanha de vacinação que ocorreu em agosto e setembro deste ano vacinou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de zero a cinco anos. A meta era imunizar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país.
“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo”, disse Queiroga.
Leia mais!
- Covid-19: China registra maior número de casos em seis meses e descarta flexibilização
- Mulher teve 12 tipos de câncer e cientistas descobrem o motivo
- Novembro roxo: parto prematuro é a principal causa global de mortalidade infantil
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
“Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, acrescentou o gestor. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19.
Queiroga lembrou ainda que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.
“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível, sim, atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público-alvo.”
A campanha de vacinação contra a poliomielite foi prorrogada ao menos duas vezes devido à baixa adesão. Atingir a meta é importante para evitar que o Brasil volte a enfrentar a doença, que havia sido erradicada no país nos anos 1990. Vale lembrar que a vacinação é a única forma de prevenção.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!