Assista ao momento em que os estágios da Artemis 1 se separaram

A separação entre os dois propulsores ocorreu dois minutos e 11 segundos após a decolagem, a cerca de 100 metros do chão
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 25/11/2022 19h30
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Imagem: Sistema de lançamento espacial, em 3D. Créditos: 3Dsculptor/Shutterstock
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Uma câmera acoplada ao estágio central do foguete lunar SLS da NASA registrou o momento em que houve a separação entre os dois propulsores de combustível sólidos da aeronave após a decolagem. Nas imagens é possível observar uma das estruturas caindo, em chamas.

A separação ocorreu dois minutos e 11 segundos após a decolagem, a cerca de 100 metros do chão. Cabe destacar que antes do lançamento, a espaçonave sofreu vários problemas técnicos e enfrentou o mau tempo causado pela tempestade tropical Nicole que passou pela Flórida e formou ventos de 120 km/h.

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Felizmente, após a equipe da agência espacial norte-americana contornar os problemas técnicos e os eventos climáticos darem uma trégua, a decolagem foi bem-sucedida. Em breve, a cápsula Orion deve chegar à Lua. Os dois propulsores foram as primeiras partes que se separaram do foguete. Apenas um minuto depois, o SLS deixou a carenagem que protegia a Orion durante o lançamento e seu sistema de abortamento de lançamento. O estágio central do foguete caiu oito minutos após a decolagem.

Sobrou apenas o estágio superior ligado a Orion, que naquela situação conseguiu abrir suas asas solares. Quase uma hora depois da decolagem, Orion descartou o estágio superior e partiu em sua viagem lunar por conta própria. A expectativa é que a cápsula entre em uma órbita alta ao redor do satélite natural da Terra no sábado (26). Em seu caminho, a cápsula fez uma passagem próxima, acima da superfície lunar, a uma altitude de apenas 130 quilômetros.

Créditos: NASA/YouTube

Na terça-feira (29), Orion baterá o recorde da maior distância da Terra alcançada por uma espaçonave com classificação humana. Por enquanto, o recorde é de 400.171 quilômetros e foi estabelecido pela missão Apollo em 1970. A missão em questão ficou marcada também por ter sido uma operação de resgate que ajudou a tripulação a voltar para casa depois que uma explosão a bordo tornou impossível sua missão original de pouso lunar.

Na segunda-feira (28), acredita-se que Orion alcançará 432.194 quilômetros da Terra. Será nesse dia que o recorde da missão Apollo será ultrapassado. A previsão é que a cápsula retorne no dia 11 de dezembro, no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.