A Foxconn de Zhengzhou, na China, é conhecida como a “Cidade do iPhone” por ser uma das principais fabricantes de dispositivos da Apple em todo o mundo. E, nas últimas semanas, com o endurecimento das restrições contra a Covid-19 no país, funcionários têm sido obrigados até a morar dentro das fábricas.

Informações do South China Morning Post revelam que a Foxconn reuniu cerca de 8.000 funcionários em seus dormitórios. Outro aspecto preocupante nas medidas da fábrica é relacionado a carga horária abusiva de trabalho, em que funcionários isolados têm sido obrigados a trabalhar turnos de 12 horas ou mais.

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Além do isolamento e elevada carga horária, os trabalhadores não têm sido remunerados adequadamente e não têm recebido os bônus prometidos por seu trabalho.

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Em depoimento à AFP, um funcionário anônimo disse que a Foxconn havia prometido um adicional de 3.00 yuanes, cerca de R$ 2.237 na cotação atual. Porém o valor recebido foi de apenas 30 yuanes (R$ 22).

Com as medidas restritivas, os trabalhadores têm realizado protestos violentos para quebrarem os isolamentos e saírem das fábricas. Vídeos publicados na internet mostram diversos trabalhadores tentando pular muros, derrubando barragens e confrontos com guardas locais. Confira abaixo.

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Alta de Covid-19 na China causa queda nas remessas de iPhone 14

Com o clima de preocupação sobre a Covid-19, a Apple alertou no início de novembro aos investidores que as remessas do iPhone 14 Pro e Pro Max devem ser afetadas pelas restrições e bloqueios na Foxconn – principal fabricante de iPhones da Apple – em Taiwan.
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