Cometa entra em erupção no Sistema Solar e libera 1 milhão de toneladas de detritos

Novas evidências sobre a atividade vulcânica incomum deste cometa, atraiu algum protagonismo ao objeto, que foi negligenciado pelos astrônomos
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 02/12/2022 17h53
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Ao todo, dez cometas já foram vistos no Cinturão de Asteroides. Créditos: Marko Aliaksandr/Shutterstock
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Um evento muito curioso aconteceu no Sistema Solar: um cometa vulcânico bizarro entrou em erupção violentamente e expeliu mais de 1 milhão de toneladas de gás, gelo e os “potenciais blocos de construção da vida”. Conhecido como 29P/Schwassmann-Wachmann, o cometa mede cerca de 60 quilômetros de largura e demora quase 15 anos para orbitar o Sol.

Os pesquisadores acreditam que esse seja o cometa mais “vulcanicamente” ativo do Sistema Solar. Além disso, ele é um dos 100 cometas, conhecidos como “centauros”, que foram expulsos do Cinturão de Kuiper, localizado no Sistema Solar exterior.

Foi o astrônomo amador chamado Patrick Wiggins quem notou a mudança drástica no brilho do cometa. Outros observadores também perceberam esse pico de luminosidade e o classificaram como resultado de uma enorme erupção vulcânica. De acordo com a Associação Astronômica Britânica (BAA) essa foi a segunda maior erupção já vista neste cometa, nos últimos 12 anos. A maior ocorreu em setembro de 2021.

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O candidato a doutorado na Universidade de Cardiff, no Reino Unido, Cai Stoddard-Jones, disse ao Live Science que uma erupção desse tamanho é “muito rara. Ele também apontou a dificuldade de medir e explicar a dimensão desse fenômeno do tipo.

Este tipo incomum de atividade vulcânica é conhecido como criovulcanismo, ou “vulcanismo frio”. Com o tempo, a radiação emitida pelo Sol pode fazer com que os interiores gelados dos cometas sublimem, ou seja, passem do estado sólido para gás, o que gera um acúmulo de pressão sob a crosta. Essa pressão faz com que a casca externa rache e o criomagma, composto principalmente de monóxido de carbono e gás nitrogênio, bem como alguns sólidos gelados e hidrocarbonetos líquidos, dispare para o Espaço.

Imagem: Cometa. Créditos: solarseven/123rf..com

Cometa expeliu componentes que podem formar planetas

Representantes da NASA apontam para o pontêcial formador de planetas desses detritos ejetados pelos cometas, já que os elementos que os compõem são os mesmoa que os cientistas acreditam que deram origem aos planetas do Sistema Solar.

Este tipo incomum de atividade vulcânica é conhecido como criovulcanismo, ou “vulcanismo frio”. Com o tempo, a radiação emitida pelo Sol pode fazer com que os interiores gelados dos cometas sublimem, ou seja, passem do estado sólido para gás, o que gera um acúmulo de pressão sob a crosta. Essa pressão faz com que a casca externa rache e o criomagma, composto principalmente de monóxido de carbono e gás nitrogênio, bem como alguns sólidos gelados e hidrocarbonetos líquidos, disparem para o Espaço.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.