O Telescópio Espacial James Webb (JWST) observou as nuvens de Titã, a maior lua de Saturno, para estudar a atmosfera do satélite, com o objetivo de mapear a distribuição da névoa e identificar novos gases, entre outros pontos. Titã é cheia de características interessantes, pois é compartilha semelhanças com a Terra. Ela é feita de gelo de água, rios e mares preenchidos com metano líquido e outros hidrocarbonetos. Além disso, sua atmosfera é espessa e nebulosa, pontilhada com nuvens de metano.

De acordo com um comunicado da NASA, os cientistas envolvidos nas observações da lua ficaram emocionados e vislumbrados com as imagens obtidas. “À primeira vista, é simplesmente extraordinário”, escreveu Sebastien Rodriguez, astrônomo da Université Paris Cité. O que deixou os pesquisadores ainda mais surpresos foi o fato de que duas nuvens foram vistas em Titã, uma delas localizada sobre Kraken Mare, o maior dos mares dessa lua.

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A partir da observação, os cientistas entraram em contato com o Observatório Keck, no Havaí, para desvendar mais informações sobre as nuvens. O observatório, por sua vez, conseguiu obter observações de Titã apenas dois dias após o JWST.

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Os pesquisadores ainda não terminaram de minar as observações, mas, por enquanto, eles identificaram as nuvens em imagens tiradas pela Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) do JWST, que permite a separação da atmosfera mais baixa da lua. O Espectrógrafo de Infravermelho Próximo (NIRSpec) do observatório também foi utilizado nessa observação. Os espectros coletados devem ajudar os cientistas a mapear quais compostos estão presentes na atmosfera inferior – incluindo um estranho ponto brilhante sobre o polo sul da lua.

A lua Titã, de Saturno
Imagem: Lua de Saturno, Titã. Tristan3D/Shutterstock

Uma nova observação do JWST está programada para acontecer em meio ou junho de 2023. Esse procedimento refinará a compreensão dos cientistas sobre os produtos químicos na estranha atmosfera nebulosa da lua. Além disso, a NASA está trabalhando em uma nova missão, chamada Dragonfly. Trata-se de um drone destinado a voar pelos céus nebulosos da Titã, permitindo que os cientistas estudem a lua a partir de diversas perspectivas.

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