Um dos maiores desafios encontrados pelos cientistas ambientais é encontrar formas eficazes de identificar e separar microplásticos da água. Uma equipe de pesquisadores da Austrália aceitou o desafio e descobriu uma nova técnica: o uso de um tipo de pó magnético.

De acordo com os pesquisadores, esse material é capaz de se unir às partículas minúsculas de plástico, que formam um aglomerado passível de ser removido com a ajuda de ímãs. Por enquanto, essa estratégia só deve ser utilizada em estações de tratamento de esgoto.

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Os microplásticos são um desafio para o adequado tratamento de água, já que eles não podem ser filtrados pelos métodos tradicionais. Portanto, a água disponibilizada nas torneiras muito provavelmente contém esse material danoso para a saúde. Além disso, essa mesma água, em contato com a natureza pode trazer inúmeros prejuízos para as formas de vida conhecidas.

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O tempo que os microplásticos com menos de 5 milímetros levam para se degradar é de quase 450 anos. De acordo com um comunicado de Nasir Mahmood, do Rmit, ano após ano milhares de toneladas desse material são despejadas nos mares. Logo, o impacto negativo atinge a vida aquática e, consequentemente, toda a cadeia alimentar envolvida no consumo dos organismos típicos desse ambiente, inclusive seres humanos.

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Imagem: Microplásticos encontrados no meio ambiente. Créditos: Sansoen Saengsakaorat/Shutterstock

Microplásticos encontrados no corpo de seres humanos vivos

Já é possível observar repercussões negativas dos microplásticos nos seres humanos. Pesquisas já identificaram a presença desse elemento nos pulmões de pessoas vivas e em amostras de sangue humano.

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O pó magnético pode ser uma saída. Apesar de ainda não pode ser produzido em larga escala, por falta de testes complementares, os pesquisadores têm esperança de encontrar parceiros na indústria que invistam nessa invenção e ajudem sua progressão para outras áreas.

Felizmente, os testes realizados já confirmaram a eficácia da alternativa de separação dos microplásticos na água. Os autores do projeto alegaram que o material captura até mesmo pequenos fragmentos de plástico com quase 100% de sucesso, em um período significativamente menor que outras alternativas.

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