Brasil é o país mais sofre com ataque de dados na América do Sul

Entenda o caminho dos hackers, como eles coletam os seus dados até conseguirem utiliza-los para golpes e fraudes
Por Fernanda Lopes Soldateli, editado por André Lucena 13/12/2022 18h15, atualizada em 13/12/2022 18h58
Por meio de uma falha no iOS, hackers usavam a antena Wi-Fi para acessar dados do aparelho
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Ouvir que alguma pessoa teve seus dados roubados é algo relativamente comum hoje em dia. Mas, o que pouca gente sabe é o que realmente acontece com estas informações e como elas podem ser prejudiciais. Os dados circulam por uma cadeia composta por produtores, atacadistas e consumidores. Nesta cadeia, existem interconexões onde os cibercriminosos operam em diversos mercados clandestinos. 

O fornecimento de dados começa com os “produtores”, hackers que exploram sistemas vulneráveis e roubam informações confidenciais, como número de cartões de créditos e contas bancárias. Depois, os dados são vendidos pelos “atacadistas” que os anunciam. Por fim, são entregues aos “consumidores” que os utilizam para realizar fraudes e golpes. 

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Toda esta cadeia de dados roubados é possibilitada pelo mercado da darknet, que são sites comerciais da deep web parecidos com sites comuns, mas acessíveis por computadores específicos ou mesmo por códigos de entrada. Em 30 anos de mercado, eles já obtiveram mais de US$ 140 milhões, segundo o Fast Company Brasil

Em um estudo feito pela Syhunt, empresa especializada em segurança da informação, o Brasil é o país que mais sofre crimes cibernéticos da América do Sul, e fica em oitavo lugar no ranking mundial. O principal país a sofrer com estes golpes continua sendo os Estados Unidos. 

Os ataques ocorrem por meio de ransomware, um software que rouba, criptografa e bloqueia arquivos de máquinas comprometidas. Depois eles solicitam grandes pagamentos pelo “resgate” destas informações.

Em geral, os mercados da darknet são difíceis de bloquear ou interromper, de certa forma. Mas ainda é possível fazer alguns esforços para que as pessoas não sejam roubadas. Muitos especialistas acreditam que as inteligências artificiais podem fornecer às autoridades, instituições financeiras e outros agentes as informações necessárias para evitar que os dados sejam roubados, interrompendo, assim, o ciclo das cadeias de suprimento e acabando com este mercado.

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Fernanda Lopes Soldateli é redator(a) no Olhar Digital

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.