Medo do que a tecnologia pode nos proporcionar

Por Marco Marcelino, editado por Ana Luiza Figueiredo 14/12/2022 08h00
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Imagem: Shutterstock
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Quando escutamos alguns termos desconhecidos, temos a sensação de que essa é uma realidade que não nos diz respeito. E a medida que essas novas práticas ganham força, criamos sentimentos como dissociação da realidade.

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Mudanças rápidas no cenário da tecnologia estão criando um sentimento de desconforto nas pessoas de mais idade.  A velocidade como as coisas estão acontecendo promove uma inquietude mesmo depois que acabamos de tomar uma decisão. Fiz o certo? E agora? O tal do próximo passo nos acelera numa direção jamais vista. O mundo digital está conectado ao mundo físico numa proporção que já não conseguimos separar. O apocalipse de fato seria se o mundo digital fosse desconectado. E pasme, alguns desenvolvedores apostam nessa possibilidade. Já imaginou o mundo sem internet

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Fato é que a ansiedade que nos acompanha pelas mudanças afeta os nossos dias. Ao mesmo tempo temos tecnologias e recursos de mobilidades que nos permitira trabalhar menos, de qualquer lugar e sem muito stress. Será? 

O mal uso das tecnologias e o medo de sermos controlados por algo desconhecido está nos paralisando. O uso desenfreado de alguns recursos para comunicar porque é barato mandar e-mail fez da vida de muitas pessoas, um inferno com excesso de mensagens. A maioria inútil e sem sentido. 

As empresas não se deram conta de que a sustentabilidade precisa acompanhar uma dinâmica diferente se queremos ir mais longe. A escolha entretanto é para irmos mais rápido e se aproveitando do menor custo. Somos 5.6 Bilhões de pessoas conectadas em dezenas de centenas de redes sociais. Segundo reporte da The Radial Group, são 100 trilhões de e-mails enviados somente esse ano. Imagina se somarmos todas as redes e formas que nos chegam as solicitações? Isso sem dúvida é uma pressão latente que não conseguimos enxergar. 

Nunca antes, saber planejar e estar bem treinado para usar as tecnologias a nosso favor foi tão essencial. Precisamos dar maior nível de atenção e ter um certo controle da cognição. Conhecimento precisa estar alinhado com os nossos valores e objetivos de vida. A tecnologia tem a capacidade de transformar as nossas vidas para melhor, mas precisamos saber fazer escolhas. Precisamos acreditar que sem ela, não acompanhamos a evolução do mundo. 

A percepção do tempo será cada vez mais acelerada. O uso de metatarso vai nos provocar ainda mais e a medida que a fusão do digital se intensificam com as realidades, novos conhecimentos irão promover um sentimento de que o tempo passa ainda mais rápido. Esse efeito cognitivo vai mudar a nossa percepção. Lembra do filme Click, uma comedia dramática de 2006 com Adam Sandler? Não podemos permitir o uso da tecnologia para ocultar a jornada que faz sentido para as nossas vidas. 

A tecnologia tem que nos ajudar a viver melhor. Temos que automatizar os processos para humanizar as relações. Como tudo, um lado bom e outro nem tanto. Precisamos mesmo é nos policiar para fazer uso concientes das tecnologias. E não ter medo de conhecer as novas alternativas que tem como proposta nos ajudar no dia a dia. Um checkout inteligente na loja Uniqlo, me permitiu pagar as compras de forma automatizada em menos de 5 minutos. Eu basicamente pequei as roupas que experimentei, joguei numa caixa e ele calculou em fração de segundo tudo o que eu havia escolhido. Eu ganhei tempo para seguir o passeio com a minha família. Mas a experiência também me provocou a volta pra comprar mais. E comprar coisas que eu talvez não tivesse tanta necessidade.

Dessa experiência eu entendi que é simples, prático e rápido. Mas então porque uma fila ainda se formava e algumas pessoas, ainda preferiam o tradicional checkout humano, gastando cerca de quatro vezes o tempo de permanência? Sem dúvida são as escolhas e o sentimento de segurança para fazer uso das novas tecnologias.

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Marco Marcelino
Colunista

Marco Marcelino é CEO | Chief Data & Knowledge Officer

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.