Fraude de identidade: mulher é condenada a mais de 5 anos de prisão por roubar aposentados

Responsável por liderar uma organização criminosa, ela utilizou golpes de phishing para roubar aposentadorias
Por William Schendes, editado por Adriano Camargo 16/12/2022 21h30, atualizada em 17/12/2022 00h52
Mulher presa
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A Polícia Federal de Melbourne, na Austrália, condenou uma mulher de 24 anos a 66 meses (5 anos e seis meses) de prisão por liderar um grande sindicato responsável por uma série de fraudes que roubaram milhões de dólares de aposentados. As autoridades estimam que a quantia roubada passa de US$ 3,3 milhões, enquanto outros US$ 2,5 milhões passaram por lavagem de dinheiro.

A condenação da mulher aconteceu nesta sexta-feira (16) mas o caso é investigado desde o final de 2018. Em 30 de abril de 2019, investigadores da Australian Federal Police (AFP) e da Australian Securities and Investments Comission (ASIC) realizaram mandados de busca na residência da suspeita após ela chegar no aeroporto de Melbourne, voltando da Turquia.

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A mulher foi detida aos 21 anos pela AFP durante a investigação nomeada “Operação Birks”. Na época, a polícia realizou uma análise nos notebooks e celulares recolhidos, em que foram identificados detalhes sobre documentos que foram impressos nas fraudes.

(Imagem: Reprodução/ AFP)

Conforme apontou o BleepingComputer, dentre esses documentos estavam identidades roubadas de pessoas reais que foram compradas pela dark web, e que foram usadas para abrir mais de 60 contas bancárias em diversas instituições australianas. Na sequência, os bandidos roubaram a aposentadoria dessas vítimas.

A AFP informou que o sindicato trabalhou em conjunto com cibercriminosos para aplicação de um golpe via phishing, criando um site de fundo de pensões que era muito similar ao verdadeiro. Com isso, o sindicato coletava nomes de usuários e senhas dos membros quando eles acessavam o site falso. Com as informações roubadas, os fraudadores conseguiam acessar as contas das vítimas.

Os sites eram promovidos em anúncios online que ficavam em evidência nas pesquisas de mecanismos de busca.

Parte das economias foram depositadas nas contas fraudulentas, outra parte dos fundos roubados foram enviados para contas no exterior em que os criminosos lavaram o dinheiro comprando itens como joias e itens de luxo em Hong Kong.

Chris Goldsmid, comandante de operações de crimes cibernéticos da AFP, aponta que essa foi uma investigação complexa que acabou revelando crimes cibernéticos que ocorriam em vários níveis, e que tinham a capacidade de afetar diversos cidadãos australianos.

“As consequências dessas violações são abrangentes e podem ser rastreadas. Esses crimes cibernéticos podem afetar os australianos comuns”, disse Goldsmid. “Vimos roubo de identidade – onde vítimas inocentes tiveram seus dados pessoais roubados e vendidos online em mercados da darknet – hacking e phishing”.

O comandante ressalta que os impactos dessa fraude trouxeram resultados graves aos cidadãos australianos aposentados, que perderam grande parte de suas economias e aposentadorias para a organização criminosa.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.