Tumba de 2 mil anos encontrada em local onde parteira de Jesus pode ter sido enterrada

O sarcófago, que fica em Israel, recebeu o nome de Gruta de Salomé e abriga os restos de uma capela que foi dedicada a ela
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 21/12/2022 18h30
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Imagem: Tumba vazia, com crucifixos ao fundo. Créditos: Romolo Tavani/Shutterstock
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Durante uma escavação, arqueólogos encontraram uma tumba de dois mil anos, que supostamente seria de Salomé, conhecida por ter sido a parteira de Jesus. O sarcófago, que fica em Israel, recebeu o nome de Gruta de Salomé e abriga os restos de uma capela que foi dedicada a ela.

O monumento da parteira é tido por muitos como “uma das mais impressionantes cavernas funerárias” já encontradas em Israel. Ela é composta por várias câmaras com diversos nichos funerários e ossuários, que reitera o costume de sepultamento judaico. Porém, o que mais deixou os pesquisadores surpresos foi descobrir que o local abrigou uma capela cristã.

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De acordo com o History Channel Brasil com os relatos, foram vistas cruzes e dezenas de inscrições gravadas nas paredes da caverna que remontam aos períodos bizantino e islâmico primitivo. Segundo os pesquisadores Paran e Firer, “Salomé era um nome judaico comum no período do Segundo Templo”.

Conforme consta na tradição cristã, “Salomé foi chamada para participar do nascimento de Jesus”, disseram os pesquisadores. Durante a concepção de Jesus, ela sofreu um milagre: sua mão, que estava seca, foi curada quando ela segurou o berço do bebê.

Imagem: Artefatos do século IX encontrados na Gruta de Salomé. Créditos: Reprodução/History Channel Brasil

O culto de Salomé atraia milhões de cristãos

Dentre outras informações, “a tumba atesta que seus proprietários eram uma família de alto status na Judéia Shefelah”. Além disso, Paran e Firer alegaram que “o culto de Salomé, santificado no cristianismo, pertence a um fenômeno mais amplo, pelo qual os peregrinos cristãos do século V d.C. encontraram e santificaram locais judaicos”.

Apesar de todas esses pontos, a tumba da parteira, com as características originais, já não existe mais. Porém, “a tradição que identifica o local, tornou a gruta venerada pelo cristianismo”, finalizaram os pesquisadores.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.