“O Exterminador do Futuro”: James Cameron tem dúvidas se dirigiria o longa atualmente

Diretor não gosta de violência nos filmes, contrastando com seus filmes antigos
Rodrigo Mozelli27/12/2022 23h51
Arnold Schwarzenegger aparece em moto caracterizado no filme O exterminador do futuro 2.
Lançado em julho de 1991, 'O Exterminador do Futuro 2' completa 30 anos em 2021. Crédito: TriStar Pictures/Divulgação
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Os dois primeiros longas de “O Exterminador do Futuro” são filmes icônicos e que, sem dúvida, entraram na lista dos principais do diretor James Cameron. Contudo, ele não sabe se os faria atualmente.

Eu olho para trás em alguns filmes que eu fiz, e eu não sei se eu gostaria de fazer esse filme agora. Eu não sei se eu gostaria de fetichizar a arma, como eu fiz em alguns filmes do Exterminador do Futuro há mais de 30 anos, em nosso mundo atual. O que está acontecendo com as armas em nossa sociedade vira meu estômago.”

James Cameron

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Acontece que Cameron, que é conhecido como um cineasta de ação, ele admite, acredita que seus filmes costumam ser violentos demais, e a grande quantidade de violência armada que aparece em filmes como “O Exterminador do Futuro 2” e “A Verdade de Mentira”, ele acredita não têm lugar no cinema moral no estado atual do mundo.

“Estou feliz por morar na Nova Zelândia, onde eles baniram todos os rifles de assalto duas semanas depois daquele horrível tiroteio na mesquita alguns anos atrás”, acrescenta.

Cameron “lutou” com sua atual aversão à violência gratuita enquanto fazia “Avatar: A Caminho da Água”, decidindo no final cortar muitas ações com armas que considerava desnecessárias.

“Na verdade, cortei cerca de 10 minutos do filme visando a ação do tiroteio. Eu queria me livrar de um pouco da feiura, encontrar um equilíbrio entre a luz e a escuridão. Você tem que ter conflito, é claro. Violência e ação são a mesma coisa, dependendo de como você olha para isso. Este é o dilema de todo cineasta de ação, e sou conhecido como um cineasta de ação.”

James Cameron

Contudo, “Avatar 2” não é totalmente sem ação, mas não tem batalha na cena final. “O primeiro filme tem os mocinhos e os bandidos aparentemente igualmente opostos, e então os mocinhos são esmagados e derrotados e muitos dos heróis morrem. Depois, há esse quase ‘deus ex machina’, onde Jake invoca as forças da natureza – um ‘deus ex machina’, acho que é conquistado a propósito. O segundo filme não funciona assim. A batalha nem é uma batalha, é uma derrota. É a vingança dos Na’vi e dos Tulkun. O verdadeiro desafio, e a verdadeira derrota, e o que deve ser recuperado, acontece após a batalha”, afirma.

Com informações de Esquire

Imagem destacada: TriStar Pictures/Divulgação

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.