Do pum (de alguns) à atmosfera, o gás metano está mais presente na nossa vida do que imaginamos. Está diretamente ligado ao aquecimento global, dá para usá-lo como fonte de energia e é perigoso para a saúde humana.

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O gás é simples, mas pode causar um estrago danado. E o Olhar Digital esclarece dez curiosidades sobre o metano, com tudo que você precisa saber desse gás.

É o componente principal do gás natural

Fachada de torre de gás natural
Torre de gás natural, em Barcelona, na Espanha (Foto: andresumida/Flickr)

Além de ser o componente principal, o metano é responsável por mais de 25% do aquecimento global. Não só isso: seu potencial de aquecimento global é mais de 80 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2). Isso nos 20 anos que se seguem à sua liberação na atmosfera.

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Está entre gases do pum

No intestino grosso, bactérias digerem o alimento, produzindo hidrogênio, dióxido de carbono e, em 1/3 das pessoas, metano. Mas ele não é um gás fedido. O cheiro esquisito vem do enxofre, presente em pequenas quantidades dos gases emitidos pelas bactérias do intestino.

É o menor (e mais simples) hidrocarboneto

Hidrocarbonetos são moléculas apolares compostas por carbono (C) e hidrogênio (H), presentes nos combustíveis automotivos e diversos processos industriais. E o metano é o menor e mais simples deles, com apenas um átomo de carbono ligado a quatro hidrogênios (CH4). Ele é incolor, gasoso e inflamável.

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Países se uniram para mitigar o metano

Indústria emitindo gases ao céu
Mais de 100 países se comprometeram a reduzir a emissão de metano (Foto: Richard Hurd/Flickr)

A União Europeia, os EUA e outros países parceiros lançaram o Compromisso Global de Metano, que defende a mitigação do metano a curto prazo – isto é, diminuir a emissão dele mundo afora. Mais de 100 países (70% da economia global) aderiram e se comprometeram a reduzir, pelo menos, 30% entre 2020 e 2030.

Reduzir emissão de metano diminui aquecimento global

Só dá para cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC se reduzir 40-45% nas emissões de metano até 2030. Essa redução evitaria quase 0,3ºC de aquecimento até 2045 – e traria tantos benefícios climáticos quanto o fechando de mil usinas de carvão.

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Emissão de metano traz prejuízo bilionário

Além de ambiental, a mitigação das emissões de metano traria benefícios econômicos. Isso porque as emissões da cadeia de valor de petróleo e gás representam um produto desperdiçado que equivale a cerca de US$ 34 bilhões (aproximadamente R$ 175 bilhões, pela cotação atual do dólar).

Pode sinalizar vida em outros planetas

Se a atmosfera de algum planeta tiver metano, pode ser que ele abrigue vida (Imagem: Creuxnoir/iStockphoto)

Se a atmosfera de um planeta tem metano, quer dizer que aquele mundo pode comportar vida. Só que isso vai depender das condições planetárias atenderem a certos critérios. Pesquisadores da Universidade da Califórnia até determinaram uma estrutura para orientar os cientistas que analisam mundos alienígenas – os exoplanetas. E o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, consegue detectar a presença do gás nas atmosferas dos exoplanetas que estiverem sob sua mira.

Absorve calor e raios infravermelhos

Por mais que a permanência do metano na atmosfera seja menor, se comparado ao dióxido de carbono, ele é altamente capaz de absorver calor e raios infravermelhos. Esse está entre os motivos que fazem dele um dos gases responsáveis pela aceleração do efeito estufa.

Dá para usá-lo como fonte de energia

Lixão e vaca
Dá para extrair metano de lixões e fezes de animais para gerar energia (Fotos: PxHere e governo dos EUA)

O gás produzido em aterros sanitários ou lixões – também chamado de biogás – vai para uma usina, por meio de um tubo, que o converte em energia. Em São Paulo, por exemplo, 700 mil pessoas usam energia advinda do biogás extraído do lixo urbano. Já na agropecuária, usa-se biodigestores para tratar e retirar o biogás das fezes dos animais. O processo gera energia suficiente para fazendas e comunidades locais.

É perigoso para humanos

Para a saúde humana, o metano traz riscos de intoxicação. Se uma pessoa inalar o gás, pode asfixiar, além de sofrer colapsos no sistema nervoso e parada cardíaca. Ele também é perigoso por ser altamente inflamável, causando explosões em minas de carvão, por exemplo.

Fontes: Brasil Escola, Esadi, Info Escola e Unep

Imagem de destaque: Wikimedia Commons

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