China se prepara para construir um dos maiores telescópios do mundo

O projeto ficou conhecido como EAST, uma abreviatura que veio a calhar, pois se trata do primeiro telescópio óptico mundial no oriente
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 28/12/2022 18h50
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Imagem: Renderização da forma final do Telescópio segmentado de Abertura em Expansão (EAST). Créditos: Universidade de Pequim
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A Universidade de Pequim tem um projeto para construir o maior telescópio óptico da Ásia. Inicialmente, o instrumento terá uma abertura de 6 metros até 2024 e de 8 metros até 2030. De acordo com um comunicado da Universidade de Pequim, o equipamento “melhorará muito as capacidades de observação da China em astronomia óptica”.

O projeto ficou conhecido em inglês como EAST, uma abreviatura que veio a calhar, pois se trata do primeiro telescópio óptico de classe mundial no hemisfério oriental (ao leste do mundo, ou east em inglês). Hoje, as principais instalações estão no Hemisfério Ocidental em locais ao redor de Mauna Kea, no Havaí, Atacama, no Chile, e nas Ilhas Canárias, na costa noroeste da África.

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A primeira fase do projeto EAST prevê a construção de um espelho composto por 18 segmentos menores hexagonais, semelhante ao espelho do Telescópio Espacial James Webb da NASA. Diferentemente do mais novo telescópio espacial, que orbita a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra, no segundo ponto de Lagrange Sol-Terra, o EAST seria construído na Montanha Saishiteng, perto da cidade de Lenghu, na província de Qinghai, no planalto tibetano, a 4.200 metros de altitude.

Imagem: Renderização da forma final do Telescópio segmentado de Abertura em Expansão (EAST). Créditos: Universidade de Pequim

Posteriormente, a segunda fase da produção adicionaria um anel de mais 18 segmentos hexagonais ao redor do espelho, o que elevaria seu diâmetro até 2030. Segundo a Universidade de Pequim esse projeto custará entre 500 e 600 milhões de yuans (US$ 69-84 milhões). O portal de notícias Qinghai News informou em novembro que os esforços do projeto já estão progredindo conforme o planejado.

Para a Universidade de Pequim, a astronomia desempenha um papel importante na tecnologia e no desenvolvimento social. O EAST é considerado uma ótima adição às crescentes capacidades astronômicas mais amplas da China. O país construiu o maior radiotelescópio de abertura única do mundo, o FAST, e planeja lançar um grande observatório espacial conhecido como Xuntian no final de 2023.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.