Telescópio James Webb sofre falha em instrumento importante

O instrumento NIRISS, do James Webb, apresentou um problema de comunicação. Segundo a NASA, a peça em questão não está podendo ser usada para pesquisa
Lucas Soares25/01/2023 16h24, atualizada em 26/01/2023 20h53
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Por mais moderno que seja, todo equipamento espacial está suscetível a algumas falhas e com o Telescópio Espacial James Webb não é diferente. Apesar de ter sido lançado no fim de 2021 e ainda estar no começo de sua operação, o satélite sofreu uma falha em um de seus instrumentos mais importantes no último dia 15 de janeiro.

No entanto, não há comprometimento do funcionamento do Webb e os cientistas trabalham para corrigir o problema. O instrumento defeituoso foi o  Near Infrared Imager e Slitless Spectrograph (NIRISS) que “experimentou um atraso de comunicação dentro do instrumento, fazendo com que seu software de voo se atrasasse”, de acordo com a declaração da NASA.

Enquanto o problema persiste, o instrumento não pode ser usado para pesquisas. O restante do telescópio, entretanto, não foi afetado. “Não há indicação de qualquer perigo para o hardware, e o observatório e outros instrumentos estão todos em boa saúde”, diz ainda o aviso.

“O instrumento está atualmente indisponível para observações científicas, enquanto a NASA e a Agência Espacial Canadense (CSA) trabalham juntas para determinar e corrigir a causa raiz do atraso”, finaliza.

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Instrumento do James Webb

O NIRISS na verdade atua junto com o FGS. O primeiro (FGS) é usado para estabilizar a linha de visão do telescópio durante as observações. Seus dados são usados para controlar a orientação da espaçonave e o espelho responsável por ajustes finos de posição (fine steering mirror), usado no mecanismo de estabilização de imagem. 

Já o NIRISS (Near Infrared Imager and Slitless Spectrograph) é um módulo para fotografia e espectroscopia astronômica capaz de registrar luz na frequência de 0.8 a 5 micrômetros. 

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.