Os personagens do Avatar ganharam vida através de trajes de captura de movimento, que revolucionaram a medicina. Médicos estão usando a tecnologia para rastrear o início de doenças que afetam a mobilidade das pessoas. Através de inteligências artificiais, o novo método consegue reduzir o tempo de diagnóstico e, assim, os remédios gastos com as disfunções motoras.
Na maioria dos casos, quanto mais rápido essas doenças forem descobertas, melhores serão as condições para receber o tratamento e o suporte adequado. Duas pesquisas publicadas na revista Nature Medicine comprovaram que o equipamento mede o distúrbio genético duas vezes mais rápido do que os métodos tradicionais.
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Valeria Ricotti trabalha no Hospital Great Ormond Street Institute e disse à BBC News que está “completamente impressionada pelos resultados”. Ela estava no grupo de pesquisadores que passou 10 anos desenvolvendo a tecnologia.
Como funciona o sistema
Uma avaliação é gerada por diversos componentes, como:
- Gravidade;
- Velocidade;
- Provável propensão a doenças;
- Precisão com que os pacientes realizam um conjunto de movimentos padronizados.
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Assim, é possível descobrir qual suporte e tratamento um paciente precisa. Porém, este diagnóstico pode demorar anos para ser feito sem o suporte da máquina, que realiza o resultado de forma mais rápida e precisa.
Para o cinema, a tecnologia foi alterada para apenas capturar os movimentos dos atores. Neste caso, a imagem pode ser mais realista com captura gráfica.
“Nossa nova abordagem detecta movimentos sutis que os humanos não conseguem captar”, disse o professor Aldo Faisal, do Imperial College, um dos cientistas que teve a ideia de usar a tecnologia na medicina. “Ela tem a capacidade de transformar os ensaios clínicos, bem como melhorar o diagnóstico e o monitoramento dos pacientes”.
Uma doença que a tecnologia ajuda a identificar é a dismorfia muscular de Duchenne (DMD), uma patologia genética que causa um tipo de degeneração progressiva nos músculos esquelético, liso e cardíaco. Ela afeta 20 mil crianças em todo o mundo, em sua maioria meninos.
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A fibrilação atrial também pode ser detectada. Os principais sintomas são ritmo cardíaco irregular e muitas vezes acelerado, palpitações, fadiga e falta de ar. Ela aparece na adolescência e afeta uma em cada 50 mil pessoas.
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