Os personagens do Avatar ganharam vida através de trajes de captura de movimento, que revolucionaram a medicina. Médicos estão usando a tecnologia para rastrear o início de doenças que afetam a mobilidade das pessoas. Através de inteligências artificiais, o novo método consegue reduzir o tempo de diagnóstico e, assim, os remédios gastos com as disfunções motoras. 

Na maioria dos casos, quanto mais rápido essas doenças forem descobertas, melhores serão as condições para receber o tratamento e o suporte adequado. Duas pesquisas publicadas na revista Nature Medicine comprovaram que o equipamento mede o distúrbio genético duas vezes mais rápido do que os métodos tradicionais. 

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Valeria Ricotti trabalha no Hospital Great Ormond Street Institute e disse à BBC News que está “completamente impressionada pelos resultados”. Ela estava no grupo de pesquisadores que passou 10 anos desenvolvendo a tecnologia. 

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Como funciona o sistema 

Uma avaliação é gerada por diversos componentes, como: 

  • Gravidade;
  • Velocidade;
  • Provável propensão a doenças; 
  • Precisão com que os pacientes realizam um conjunto de movimentos padronizados. 
O sistema usa inteligência artificial para analisar os dados. Foto: THOMAS ANGUS/IMPERIAL COLLEGE via BBC

Assim, é possível descobrir qual suporte e tratamento um paciente precisa. Porém, este diagnóstico pode demorar anos para ser feito sem o suporte da máquina, que realiza o resultado de forma mais rápida e precisa. 

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Para o cinema, a tecnologia foi alterada para apenas capturar os movimentos dos atores. Neste caso, a imagem pode ser mais realista com captura gráfica. 

“Nossa nova abordagem detecta movimentos sutis que os humanos não conseguem captar”, disse o professor Aldo Faisal, do Imperial College, um dos cientistas que teve a ideia de usar a tecnologia na medicina. “Ela tem a capacidade de transformar os ensaios clínicos, bem como melhorar o diagnóstico e o monitoramento dos pacientes”.

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Uma doença que a tecnologia ajuda a identificar é a dismorfia muscular de Duchenne (DMD), uma patologia genética que causa um tipo de degeneração progressiva nos músculos esquelético, liso e cardíaco. Ela afeta 20 mil crianças em todo o mundo, em sua maioria meninos. 

O pesquisador Aldo Faisal (à dir.) também está desenvolvendo trajes que capturam o movimento ao ar livre. Foto: THMOAS ANGUS/IMPERIAL COLLEGE via BBC

A fibrilação atrial também pode ser detectada. Os principais sintomas são ritmo cardíaco irregular e muitas vezes acelerado, palpitações, fadiga e falta de ar. Ela aparece na adolescência e afeta uma em cada 50 mil pessoas. 

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