O lixo espacial é um problema cada vez maior. Além de satélites inoperáveis e outros detritos espaciais, a órbita baixa da Terra conta com restos de diversos foguetes. Na semana passada dois grandes pedaços de lixo quase colidiram, o que poderia resultar em uma catástrofe.
- A colisão que por pouco não aconteceu foi entre um corpo de foguete russo SL-8 da época soviética e um satélite militar que está inoperável;
- A observação foi feita pela empresa privada de rastreamento de satélites LeoLabs;
- A aproximação entre os detritos foi muito mais perto que o comum.
Colisão catastrófica
Por serem dois detritos grandes, a colisão deles poderia ocasionar em novos fragmentos. Além de continuarem na órbita por anos, esses novos pedacinhos de lixo poderiam causar reações em cadeia e atrapalharem outras missões.
O cientista da NASA, Donald Kessler, previu em 1978 que a colisão de detritos poderia resultar numa cadeia de novos choques. Isso geraria novos detritos e novos choques em cascata, podendo até impossibilitar qualquer outra coisa para a órbita baixa da Terra.
Os cientistas têm observado o resto do foguete já algum tempo e ele está orbitando a cerca de 983 quilômetros de altitude. Segundo a LeoLabs, sua aproximação com o satélite foi de pouquíssimos 32 quilômetros.
Em resposta ao The Byte, o astrônomo Jonathan McDowell aponta que essa aproximação dos detritos foi assustadora, e que quase acidentes acontecem todos os dias, mas não tão próximos como esses. Ele ainda acrescenta, que mesmo que não tenha acontecido agora, uma colisão vai acontecer nos próximos anos.
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Região ruim
A LeoLabs aponta que os detritos se encontram em uma região ruim devido a diversos objetos que orbitam por lá, na faixa de 965 a 1045 quilômetros de altitude.
Esta região tem um potencial significativo de geração de detritos devido a uma mistura de eventos de separação e objetos abandonados. Em particular, esta região abriga [cerca de] 160 corpos de foguetes SL-8, juntamente com suas [aproximadamente] 160 cargas úteis implantadas há mais de 20 anos
LeoLabs, em comunicado
Para evitar que acidentes como esse aconteçam é preciso desenvolver tecnologias capazes de reduzir e limpar os detritos em órbita terrestre.
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