O Banco Central anunciou nesta segunda-feira (06) que começou o projeto-piloto do Real Digital, a futura moeda virtual do Brasil. O teste será realizado em um ambiente virtual simulado e não vai envolver valores de verdade.

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Apenas instituições financeiras autorizadas pelo BC terão acesso ao sistema. Elas ainda serão escolhidas e participarão do piloto a partir de maio.

Nessa etapa será simulada a participação de usuários por meio de depósitos tokenizados (codificados) do Real Digital.

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Nesta fase de teste, o BC avaliará os benefícios da programabilidade oferecida por uma plataforma de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT) multiativo para operações com ativos tokenizados, dados os contornos legais de sigilo, proteção de dados e prevenção à lavagem de dinheiro. O teste será realizado em ambiente simulado, não envolvendo transações ou valores reais. O acesso direto a contas e passivo digital do BC continuará restrito a instituições autorizadas. O piloto prevê a participação de usuários finais por meio de depósitos tokenizados, que são representações digitais de depósitos mantidos por instituições financeiras (IFs) ou instituições de pagamento (IPs). O piloto contará ainda com a participação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e contemplará a emissão de Títulos Públicos Federais e a liquidação de transações envolvendo esses títulos com Entrega conta Pagamento (Delivery versus Payment – DvP) no nível do cliente final.

Comunicado do Banco Central

O Real Digital

  • Será emitido pelo BC como uma extensão da moeda física; 
  • A distribuição será intermediada pelos bancos; 
  • Poderá ser trocado pelo real tradicional (em notas), e vice-versa; 
  • Sistema de cotação será o mesmo de outras moedas; 
  • Bancos não poderão emprestar os recursos a terceiros; 
  • Os recursos não terão correção automática; 
  • Haverá garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações. 

A fase de desenvolvimento e testes deve ser finalizada até fevereiro de 2024. O lançamento ao público ainda depende de uma etapa de avaliação posterior.

Banco Central e a moeda digital 

Após o sucesso do PIX, implementado no fim de 2020, o BC iniciou os estudos para a emissão de uma moeda digital no Brasil, ou CBDC, sigla em inglês. A primeira fase (a Lift Challenge), que checa a probabilidade de uso, foi concluída e o projeto caminhou agora para os testes.

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Ter um Real Digital pode facilitar, por exemplo, a integração com sistemas de pagamentos internacionais, permitindo que se faça uma compra em outro país com conversão imediata. Além disso, em comparação à moeda física, estão benefícios como o menor custo de intermediação, maior eficiência, maior inclusão digital e a possibilidade de monetização.

Imagem destacada: Monticello/iStock

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Com informações do BC

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