Cometa se aproxima do Sol e deve brilhar mais que estrelas no céu

A visualização do cometa deve melhorar bastante a partir de junho de 2024
Lucas Soares07/03/2023 09h48
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Imagem: Miguel Claro
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O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), descoberto recentemente, pode proporcionar um espetáculo visual para quem está aqui na Terra na medida em que ele se aproxima do Sol. Isso porque o astro deve brilhar no céu noturno mais do que muitas estrelas.

  • O cometa deve alcançar seu periélio, ou seja, seu ponto mais próximo do Sol em 28 de setembro de 2024;
  • Pouco depois, em 13 de outubro, ele vai fazer sua aproximação máxima com a Terra;
  • Durante esse período, o astro deve aparecer em destaque no céu e poderá ser visto por telescópios;
  • Para entender a intensidade desse brilho, astrônomos criaram uma escala que ajuda a medir isso.

Na escala de magnitude, o nosso C/2023 ganhou uma classificação de 0,7, o que inicialmente não é um número interessante, já que quanto menor o número, maior o brilho. A Betelgeuse, por exemplo, na constelação de Orion, um dos objetos mais brilhantes no nosso céu, possui uma nota 0,42.

Mas esse número deve mudar quando o cometa atingir seu ponto mais próximo da Terra, podendo chegar até -0,5 se levados em conta os efeitos de poeiras e gelo que refletem a luz do Sol. Além disso, se tratando de um astro desse tipo, com calda, sua visualização deve ganhar ainda mais destaque.

Cometa foi descoberto este ano

O recém-descoberto C/2023 foi avistado pela primeira vez em 9 de janeiro deste ano, no Observatório da Montanha Púrpura, na China. Ele chegou a ser perdido antes de ser identificado novamente pela equipe do telescópio ATLAS, na África do Sul, em 22 de fevereiro. 

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A visualização do cometa deve melhorar bastante a partir de junho de 2024. No momento, ele está em algum ponto entre as órbitas de Júpiter e Saturno a uma velocidade de 290.664 quilômetros por hora, o que é bem rápido para um objeto desse tipo.

Por último, é importante destacar que esses astros podem ser um tanto imprevisíveis, ainda mais no caso do C/2023, cuja a composição ainda não foi desvendada. Isso quer dizer que os astrônomos não têm certeza se o cometa vai chegar intacto na sua aproximação do Sol.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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