Na última segunda-feira (20), um apresentador de TV equatoriano ficou ferido após a explosão de uma bomba disfarçada de pendrive. Outros jornalistas do país receberam envelopes com objetos semelhantes. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Equador.

  • Lenin Artieda, apresentador da TV Ecuavisa, em Guayaquil, sofreu ferimentos leves após inserir a bomba que estava disfarçada de pendrive no computador da redação;
  • Três envelopes contendo objetos explosivos foram entregues nas redações dos canais Teleamazonas, TV Ecuavisa e TC Televisión;
  • Outros dois envelopes foram entregues à rádio equatoriana EXA FM e ao jornalista Carlos Vera.

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O ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, disse que condena os atos e confirmou que investigações estão em andamento.

“Esta é uma mensagem absolutamente clara de silenciar jornalistas que têm sido fortes em sua forma de ser ou silenciar a mídia”, disse.

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Em comunicado, o governo afirmou que defenderá a liberdade de expressão:

Qualquer tentativa de intimidar o jornalismo e a liberdade de expressão é uma ação repugnante que deve ser punida com todo o rigor da justiça

O presidente do Equador, Guilherme Lasso, disse que esses ataques estão relacionados à competição de gangues de narcotraficantes.

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Os ataques à mídia equatoriana têm sido recorrentes. Em outubro de 2022, dois criminosos em uma motocicleta dispararam contra a porta da emissora RTS, também em Guayaquil, e deixaram um panfleto assinado por “La Nueva Geración” — uma aparente referência a um cartel mexicano de narcotráfico.
Em agosto, o jornalista Gerardo Delgado foi morto a tiros quando estava em seu carro parado em um semáforo nos arredores da cidade de Manta. O jornalista costumava postar vídeos sobre crimes e notícias do bairro em uma página que criou no Facebook.

Com informações de The Guardian, CNN e Futurism.

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